Émile Durkheim: você sabe quem foi?

Se Auguste Comte foi o pai criador de uma filosofia positivista que inserisse uma ciência na sociedade, aquele que realmente tornou a sociologia prática, de universidade, que trabalhou com alunos, que pesquisou, que publicou artigos, que publicou livros diretamente voltados para o método da sociologia, foi Émile Durkheim.

“Émile Durkheim era um sociólogo francês, influenciado em partes pelo positivismo de Comte”, afirma Fábio Rigueira Simão, Professor responsável pela Aula 6 – Sociologia: Revisitando os Clássicos, elaborada pelo Centro de Produções Técnicas.

Também era jurista e foi o “pai fundador”, digamos assim, das Regras do Método Sociológico e as Normas Sociais. Para Durkheim, o objeto da sociologia é o Fato Social. Mas, afinal, o que é e significa isso?

“Fatos sociais consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotados de um poder de coerção sobre este mesmo indivíduo.”

Nesta passagem, Durkheim mostra que o que importa na verdade é a dimensão social que está em nós, ou seja, a forma de agir, de pensar e de ser que não veio de nós, sim normas e regras de conduta, dentro de uma moral compartilhada, inseridas em nós pela sociedade.

Para Durkheim, o fato social tem de ter obrigatoriamente três características básicas:

1- Exterioridade: fora do indivíduo
2- Coercitividade: conduz o comportamento individual
3- Generalidade: situa-se na consciência coletiva

Em uma passagem muito importante, em sua obra “As Regras do Método Sociológico”, Durkheim deixa muito claro o que seja o Fato Social. Veja:

“O devoto, ao nascer, encontra prontas as crenças e as práticas da vida religiosa; existindo antes dele, é porque existem fora dele. O sistema de sinais de que me sirvo para exprimir pensamentos, o sistema de moedas que emprego para pagar dívidas, os instrumentos de crédito que utilizo nas relações comerciais, as práticas seguidas na profissão etc. etc., funcionam independentemente do uso que delas faço.”

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Por Silvana Teixeira.

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