Ser criativo é pensar de forma diferente, é ser original justamente por não seguir regras preestabelecidas, é conseguir fazer mais com menos, é conseguir surpreender as pessoas criando coisas, produzindo e transformando o ambiente de acordo com suas convicções, aspirações e, principalmente, inspirações.
A criatividade tem seu potencial desenvolvido principalmente na infância, graças aos estímulos e elogios dados às crianças pelas pessoas com as quais convivem. Crianças criativas são curiosas ao extremo, persistentes, são bem-humoradas, têm desenvoltura, possuem fácil percepção das coisas que as rodeiam, são extremamente habilidosas e aprendem facilmente qualquer coisa.
Um dos principais impulsionadores para o desenvolvimento da criatividade é a imaginação. Esta, por sua vez, possibilita ao ser humano enxergar novas possibilidades, trabalhar e combinar ideias e fatos conhecidos, buscando novas relações entre as coisas a fim de gerar novas ideias.
Segundo Nelson Fernandes Maciel, professor responsável pela Aula 2 – O desabrochar da criatividade empreendedora, do Curso CPT de Aulas de Empreendedorismo e Inovação, “Bom exemplo disto pode ser dado, por exemplo, quando se analisa o pensamento de crianças da educação infantil que, quando questionadas sobre qualquer coisa, as respostas são as mais inusitadas”. As crianças, por seu pouco conhecimento de mundo e pouca carga de influências, possuem mente aberta; não têm preconceitos; estão cheias de interrogação para uma mesma pergunta e várias respostas; não possuem limites de regras, de costumes e de padrão; elas quebram paradigmas com facilidade e abusam da imaginação. A turma da educação infantil possui, então, o que os estudiosos classificam como pensamento difuso, um dos maiores segredos para a criatividade.
Ao contrário da turma da educação infantil, alunos do colegial por já terem sofrido influências do meio em que vivem e recebido grande carga de regras a serem seguidas ao longo do seu aprendizado, quando questionados sobre alguma coisa são mais comedidos em suas respostas. Em geral, eles só arriscam quando têm certeza da resposta, tem sua capacidade de procurar por outras respostas reduzidas, são específicos, já não possuem imaginação fértil, são limitados pelas regras, enfim, já possuem um pensamento adulto, também conhecido como concreto.
Se compararmos as duas situações, podemos chegar a conclusão que, quanto mais novos mais criativos somos; quanto mais velhos, quanto mais aprendemos e nos apegamos a fatos concretos, menos imaginação temos e, por consequência, menos criativos somos.
A criatividade, no entanto, é uma qualidade que pode se desenvolver após a infância, pode ser desenvolvida e aprimorada na fase adulta. Para isto, basta que se comece a pensar como as crianças da educação infantil, sem regras, sem paradigmas, sem preconceitos, que nada mais são que barreiras para a criatividade. Assim, a união das experiências com o conhecimento adquirido se torna uma arma poderosa, pois para um cérebro treinado quanto maior o conhecimento e quanto maiores forem as informações, maiores também são as possibilidades de se ter ideias criativas e inovadoras.
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Por Silvana Teixeira.
Fontes: Mundo Educação; Espaço Acadêmico; Brasil Escola.
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