Desde os primórdios das civilizações e das culturas, a produção de bens de consumo e bens de troca sempre foi muito comum entre os homens, ou seja, elementos sempre presentes nas sociedades. Mas, a partir dos Século XVIII uma transformação gigantesca desses elementos fez com se desenhasse aquilo que nós chamamos de "mundo capitalista".
“Desde então, tudo começou a mudar e várias contradições sociais, econômicas e políticas tornaram-se peças-chaves derivadas desta grande transformação que mudou o mundo”, explica Fábio Rigueira Simão, professor responsável pela Aula 4 – A Grande Transformação – Revolução Industrial e Contradições do Mundo Capitalista, elaborada pelo Centro de Produções Técnicas – CPT.
Mas, afinal, que grande transformação foi esta que mudou completamente os conceitos até então estabelecidos, originando o mundo em que vivemos hoje? - A revolução industrial. Esse processo pode ser dividido em três grandes períodos:
- A primeira revolução industrial (1750-1850) aconteceu na Inglaterra, primeiro país a criar certo tipo de estrutura econômica que transformou a forma de se produzir os bens de consumo e troca no Século XVIII; a forma de colocá-los no mercado e a própria forma de organização de trabalho que produzia esses bens.
Estamos falando aqui da grande invenção de James Watt, a máquina a vapor, que funcionava por meio da queima de carvão, fosse ele mineral ou vegetal. Essa máquina inventada por Watt modificou não só a forma de se produzir os bens de consumo e troca, como a velocidade da produção.
Outros países como a França e a Bélgica vieram logo atrás, seguindo esse novo modelo de trabalho e, posteriormente, expandiu-se pelo mundo.
- A segunda revolução industrial aconteceu no período que vai de 1850 a 1950, aproximadamente, já no Século IX. Nesse período, a utilização de carvão como fonte de alimentação propulsora das máquinas perde espaço para a nova descoberta: o petróleo, utilizado não só como combustível, como também matéria-prima de vários produtos.
Ainda nesse Século, porém um pouco mais adiante, houve outra evolução no processo de desenvolvimento industrial e as máquinas passam então a funcionar com a utilização da energia elétrica. Grandes invenções despontaram nesse período: lâmpada elétrica, telefone, telégrafo e outros.
Aqui, as cidades explodem em crescimento, formando as metrópoles, e as pessoas começam a aparecer como elementos que transitam nos centros urbanos, chamadas de burguesia, como espécie e derivação de todo esse processo industrial.
Enquanto isso, nos subúrbios, há grande aumento das classes trabalhadoras, muita carência, epidemias e policiamento cada vez mais acirrado nos bairros operários. Junto ao crescimento industrial, portanto, cresce também a violência urbana. Destaca-se nesse novo cenário geo-político e geo-econômico a Alemanha, seguida por Itália, Rússia, Estados Unidos e Japão.
- A terceira e última fase da revolução industrial iniciou-se na metade do Século XX (1950), após a segunda guerra mundial, e acreditamos estar vivenciando-a até os dias de hoje.
Aqui, a indústria da telecomunicação, criada e desenvolvida especialmente para servir à guerra, destaca-se como elemento de crucial importância.
Em decorrência da guerra desponta-se a telemática (indústria da telecomunicação com a indústria da informática); a biotecnologia, desenvolvendo pesquisas que abrirão caminho para as indústria de medicamentos, para o avanço da medicina; o desenvolvimento, aprimoramento e disseminação da internet; a robótica, que dispensa mão de obra humana para a realização de vários trabalhos; a microleletrônica ou nanotecnologia, muito utilizada e de extrema importância para a computação e a medicina, por exemplo; enfim, para o mundo hightech, ou seja, um mundo que utiliza a alta tecnologia a serviço do homem.
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Por Silvana Teixeira.
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