A tarefa de seleção das fêmeas de reposição, para quem vai iniciar uma criação de suínos light, é atribuição do próprio produtor de terminados, afirma Luiz Mário Fedalto, professor do Curso CPT Produção de Suíno Light - Mais Carne, Menos Gordura. Nesta tarefa, ele deve observar os seguintes critérios:
→ Desempenho
Avaliar o peso das leitoas em idade próxima dos 154 dias. Corrigir o peso obtido para 154 dias através da fórmula a seguir, e determinar o ganho médio de peso diário nesse período.
Peso 154 d = peso x 86
-47 + (0,86 x idade)
Paralelamente à pesagem das leitoas, calcular a espessura e toucinho e corrigi-la para 90 kg.
Espessura toucinho 90 kg = 18
2,5 + 0,18 x peso
De posse dessas informações, aplicar um índice de seleção (I) ou o critério de maior ganho de peso com menor espessura de toucinho, limitada a um teto máximo (exemplo: 2 cm), para classificar as leitoas. Concluída essa avaliação, o produtor terá uma relação de fêmeas, por ordem de performance, que lhe permitirá iniciar a seleção das leitoas a serem utilizadas na reposição de seu plantel.
→ Performance das fêmeas
Em uma segunda fase, devem ser observadas detalhadamente as fêmeas com melhor performance, eliminando-se as que apresentarem problemas em relação às seguintes características:
I- Leitegada de origem: não deve ter nenhum animal com hérnia, atresia anal, síndrome dos membros abertos e outras eventuais anormalidade que apresentem um componente genético.
II- Tetos: devem apresentar um mínimo de sete pares ou 14 tetos funcionais, bem distribuídos, de bom tamanho e nenhum tero invertido ou cego.
III- Vulva: deve ter um tamanho proporcional à idade e não ter o seu bordo inferior voltado para cima.
IV- Aprumos: são considerados normais quando o animal se sustenta e desempenha suas funções reprodutivas.
V- Linha dorsal: não devem apresentar desvios na coluna vertebral.
VI- Desempenho reprodutivo da mãe: para a seleção, deve-se dar preferência para leitoas filhas de porcas que tenham produzido um mínimo de 11 leitões nascidos e 10 vivos aos 21 dias, na média de duas ou mais leitegadas.
VII- Estresse: é difícil identificar animais propensos ao estresse sem fazer uso de testes específicos de avaliação. Portanto, descartar animais que se apresentam trêmulos e que apresentam cansaço excessivo após qualquer movimentação.
→ Conformação e prolificidade
Essas características não são desclassificantes, mas devem ser consideradas quando da decisão de escolha entre leitoas com índices de performance semelhantes ou com pequenas diferenças.
Comprimento: o maior comprimento do corpo mostra um esqueleto maior que indica uma maior capacidade física para a gestação.
Profundidade: a profundidade do corpo na altura do vazio mostra maior volume para o desenvolvimento do útero gestante.
Capacidade materna: observando o comportamento da mãe, vamos saber se ela tem boa capacidade leiteira, docilidade e baixa mortalidade de leitões até a desmama. Ela se completo por uma boa capacidade de ingestão de alimentos durante a lactação.
Prolificidade: deve-se dar preferência às leitoas filhas de mães com maior tamanho médio de leitegada e cujos ancestrais tenham apresentado melhores índices reprodutivos.
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
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Por Silvana Teixeira.
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