As rações para a criação comercial de peixes ornamentais devem ser formuladas para atender as exigências nutricionais com o menor custo possível. “Mas é fundamental ter à disposição um bom número de ingredientes ricos em proteína e outros ricos em energia”, explica Manuel Vazquez Vidal Junior, professor do Curso CPT Produção de Peixes Ornamentais.
Os ingredientes ricos em proteína mais utilizados em rações para peixe são o farelo de soja, a farinha de carne, a farinha de peixe e o farelo de algodão. O farelo de algodão contém substâncias antinutricionais (gossipol), por isso, deve ser utilizado em pequena quantidade. A farinha de sangue também é um excelente alimento, mas sua qualidade varia muito em função da forma com que o sangue foi desidratado, por isso é aconselhável que seu uso seja orientado por um técnico.
As fontes de energia mais utilizadas nas rações são o fubá de milho, os óleos brutos vegetais, principalmente o óleo de soja, o sebo bovino, a farinha de mandioca e o sorgo, sendo que este último, por conter tanino, deve ser usado em pequena quantidade.
Os fabricantes fornecem tabelas que trazem a composição desses alimentos, e com esses mesmos dados pode-se calcular outras rações de menor custo. A eficiência de aproveitamento da ração para o máximo crescimento depende principalmente de sua composição. Quando a ração é deficiente em qualquer nutriente essencial para o crescimento, como aminoácidos, vitaminas ou minerais, é necessário adicionar maior quantidade de alimento para satisfazer essa exigência. Isso traz como consequência menor eficiência alimentar e pode resultar em deposição excessiva de gordura, o que compromete a eficiência reprodutiva.
Embora seja aconselhável adicionar à ração um suplemento vitamínico, as necessidades de vitaminas nas criações de peixes em regime semi-intensivo podem ser supridas pela ingestão de plâncton; um alimento vivo. Nas criações em sistema semi-intensivo, o uso de adubos favorece a produção, no próprio tanque de cultivo, de organismos planctônicos como rotíferos, cladóceros e copépodos, larvas de mosquito e outros pequenos animais que servem de alimento para os peixes ornamentais, complementando sua necessidade de proteína e vitaminas, além de ácidos graxos essenciais. Quando isto acontecer, a produção específica de alimentos vivos pode não ser essencial.
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Por Silvana Teixeira.
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