Todo pecuarista deve ter em mente que o grande objetivo da fase de cria na atividade pecuária é manejar os bezerros para que vivam com saúde, e cheguem ao desmame com o maior peso possível. Ele deverá levar em conta, basicamente, dois índices zootécnicos: a taxa de desmame e o peso à desmama.
“A taxa de desmame é o porcentual de bezerros desmamados em relação aos nascidos, um índice cujo porcentual deve se aproximar de cem o máximo possível. Já o peso à desmama é o índice que indica com quantos quilos um bezerro está sendo desmamado, ou seja, separado da vaca, e iniciando a recria. Deve ser o maior possível”, afirma Alexandre Lúcio Bizinoto, professor do Curso a Distância CPT Cria de Bezerros de Corte.
A taxa de desmame é de grande importância, porque o custo de mantença e produção de uma vaca é pago pelo bezerro desmamado. Se o bezerro morre, o prejuízo é inevitável: o pecuarista teve uma vaca ocupando espaço, consumindo alimentos e medicamentos, exigindo manejo, durante um ano, sem trazer retorno. Por outro lado, é preciso lembrar o investimento feito no próprio bezerro, que varia conforme a idade de sua perda. Num rebanho bovino, baixas taxas de desmame, então, significam grande número de vacas sendo mantidas sem retorno.
O segundo índice, peso à desmama, deve ser analisado sob dois aspectos. Primeiro: bezerros mais pesados ao desmame têm mais facilidade para se adaptar à recria, e estarão em condições de atingir a fase de terminação mais rápido. Segundo: se a vaca teve um custo de manejo e seu bezerro pesa pouco ao desmame, o pecuarista estará despendendo recursos, mas obtendo um resultado inferior. O peso à desmama é fundamental para que a cria atinja, o quanto antes, o peso de abate, ou o primeiro serviço com menor idade possível.
Para fazer seu rebanho alcançar altas taxas de desmame e o máximo peso possível à desmama, o pecuarista deve conhecer os principais fatores críticos à produtividade do rebanho: a estacionalidade de produção de pastagens, o potencial genético do rebanho e as condições de saúde dos animais.
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Por Silvana Teixeira.
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