Diferentemente da biossegurança, que envolve a segurança da saúde humana, a biosseguridade refere-se a segurança sanitária na produção animal em granjas, fazendas pecuárias e aquiculturas. No caso dos aviários, a prática garante o controle e a prevenção de doenças, que podem comprometer a produtividade das aves e a rentabilidade dos negócios”, afirma Judas Tadeu de Barros Cotta, médico veterinário e professor do Curso CPT Produção de Frangos de Corte.
Para isso, são planejados e executados programas de biosseguridade, em prol da manutenção da saúde de frangos e galinhas, para oferecer ao consumidor produtos seguros e com qualidade sanitária. Além disso, os procedimentos sanitários otimizam os índices zootécnicos da produção avícola. Vale ressaltar que os agentes patogênicos chegam ao aviário por vias simples, como a aquisição de aves doentes, ou mesmo a circulação não controlada de pessoas e veículos.
A primeira é considerada uma via de transmissão vertical, quando o avicultor não submete as aves recém-adquiridas à quarentena. Já a segunda é por via horizontal quando veículos, equipamentos, instrumentos, pragas invasoras, aves silvestres, animais domésticos e pessoas são vetores dos patógenos. Além da contaminação nos próprios lotes onde uma ave transmite uma doença para a outra. Daí a urgência de se implantar programas de biosseguridade na granja.
Medidas de biosseguridade em aviários:
Isolar o aviário
Isolar o aviário é uma importante medida de biosseguridade. Para tanto, os galpões de criação devem estar distantes, pelo menos, 500 metros entre um e outro. O mesmo vale para as instalações onde se localizam as incubadoras. Além disso, o aviário deve ser cercado para evitar a invasão de animais silvestres e domésticos, ou mesmo pragas. Telas, cercas vivas ou cercas elétricas cumprem bem o papel de isolamento da área.
Restringir o acesso
Restringir o acesso de veículos e pessoas no aviário impede a circulação de agentes patógenos, que podem contaminar frangos e galinhas. Uma alternativa é controlar a entrada e a saída na portaria da granja. Todos os que adentrarem às instalações devem fornecer seus dados pessoais, como nome e local de origem. Antes de ingressarem na área de produção, tanto os funcionários como os visitantes devem tomar banho e trocar roupas e sapatos com os quais chegaram.
Fazer o controle de invasores
Fazer o controle de invasores significa impedir que ratos e outros animais vetores de doenças entrem na granja. Segundo a Instrução Normativa n° 56 de 2007 (instituída pelo Mapa), os roedores podem transmitir vírus e bactérias, pois são resistentes a doenças. Além disso, para evitar que as aves ingiram água e alimento com urina e fezes de rato, bebedouros e comedouros devem ser continuamente higienizados.
Proceder à limpeza e desinfecção
Proceder à limpeza e desinfecção de instalações, equipamentos, instrumentos, veículos, uniformes, entre outros, é uma forma eficiente de seguir um bom programa de biosseguridade. O vazio sanitário, por exemplo, é uma medida indispensável a cada saída do lote. No processo, primeiramente é feita uma limpeza seca, na qual são removidas fezes, restos de ração e demais sujidades. Em seguida, é relaizada uma limpeza úmida com detergente e desinfetante.
Imunizar todas as aves
Imunizar todas as aves do plantel é fundamental para manter a sanidade das aves. Para isso, o médico veterinário deve orientar o avicultor quanto aos programas de vacinação a serem implantados no aviário. Algumas vacinas já são aplicadas em aves ainda jovens para imunização de uma série de doenças. O reforço também é essencial. Além disso, o avicultor deve isolar aves doentes e incinerar as mortas.
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Fontes: Inata - blog.inata.com.br
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