Segundo Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor do Curso CPT Terminação de Bovinos em Pasto, a engorda de bovinos a pasto ou terminação de bovinos em pasto é o método mais utilizado no Brasil, pois apresenta boa rentabilidade, com custos de produção mais baixos quando comparado à engorda em confinamento. Nesse sistema, o gado da corte alcança peso final ideal (450 a 500 kg) para comercialização.
Época do ano
A primavera/verão (época das águas) é a época ideal para a engorda a pasto, pois este é o período em que as forrageiras estão em seu melhor desenvolvimento, o que maximiza o desempenho animal. Já no outono/inverno (época seca) as forrageiras apresentam queda na produção por vários fatores: poucas chuvas, baixa temperatura e menor fotoperíodo, o que compromete o desempenho animal e pode levar à perda de peso.
Raça
As raças europeias não são adaptadas às condições de pastagens do Brasil e dificilmente apresentam bom desempenho na engorda a pasto. Já as raças zebuínas são adaptadas e se desenvolvem bem nas pastagens brasileiras. A raça Nelore se destaca dentre as mais adequadas para a terminação em pasto, seja na criação de animais puros seja em cruzamentos, até mesmo o cruzamento industrial.
Suporte do pasto
Para que a pastagem consiga se desenvolver bem, a amostragem e a análise de solo devem ser bem-feitas. Com isso, tanto a calagem como a adubação das forrageiras serão realizadas da forma adequada, para uma satisfatória reposição dos nutrientes no solo. Além disso, é importante respeitar o crescimento da forrageira (altura de entrada e saída recomendadas), para que ela se desenvolva bem e o gado alcance o ganho de peso esperado.
Suplementação mineral
As pastagens não são capazes de suprir todas as exigências de minerais do gado. Por esse motivo, para o sucesso da engorda a pasto, é importante fazer a suplementação mineral do rebanho de corte, mesmo que ela corresponda a apenas 1% do total de alimento ingerido pelo gado (média anual).
Tamanho do lote
A redução do tamanho do lote leva à redução do número de animais fracos em um determinado grupo, o que torna o ganho de peso mais uniforme em toda a fazenda pecuária. Ao respeitar o tamanho dos lotes por categoria, as disputas entre os animais são reduzidas, o que melhora o potencial de ganho dos bovinos de corte.
Sanidade
Os endo e ectoparasitas consomem tanto os nutrientes como a energia dos bovinos, o que impacta negativamente no ganho de peso dos animais. Daí a importância do planejamento sanitário para a manutenção da saúde do rebanho de corte.
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Fonte: tecnologianocampo.com.br
Por Andréa Oliveira
Alimentação de Gado de Corte
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