Classificar os alunos como deficientes pode ser perigoso para os professores, você sabia disso? Pois, acredite, é verdade. Em uma escola, para um aluno ser vítima de preconceito basta fugir um pouquinho dos padrões da normalidade.
Neste sentido, "os professores envolvidos com a inclusão devem ter conhecimentos básicos sobre as características das deficiências, pois muitas delas só são de fato detectadas quando o aluno vai para a escola", explica Rita de Cássia Arruda, professora do Curso CPT Educação Inclusiva e Educação Especial.
O professor comprometido com a educação e com o bem-estar de seus alunos quando suspeita que algum deles tenha um tipo de deficiência ou outra desordem qualquer, pesquisa, se informa, observa, para depois comunicar ao coordenador pedagógico da escola que organizará uma reunião formal para comunicar aos pais as questões observadas em sala de aula, tais como:
♦ Atenção/dispersão;
♦ Relacionamento com os professores e colegas,
♦ Inquietação ou apatia;
♦ Autonomia/dependência;
♦ Agilidade/lentidão;
♦ Resposta aos conteúdos propostos etc.
Todos os membros da escola, sem exceção, devem estar muito atentos e precisam ser orientados em relação à forma de se referir tanto aos alunos com deficiência quanto aos sem deficiência.
Termos pejorativos como doidinho, ceguinho, mudinho, aleijado, doente, aluado, mongol, pinel, tortinho, entre tantos outros, podem ser deletados da memória de todos os funcionários da escola, para evitar que os alunos ouçam e, consequentemente, reproduzam.
Quando um aluno se referir ao outro utilizando algum dos termos mencionados, a escola precisa
se posicionar, de modo a evitar constrangimentos ao aluno deficiente e orientar o aluno ofensor (mesmo que não haja a intenção da ofensa) a não utilizar termos desagradáveis que firam a autoestima do colega.
Ensinar a respeitar beneficia toda a escola e gera pessoas melhores.
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Por Silvana Teixeira.
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