Por que é importante controlar a data de cobertura de vacas? Essa resposta é simples: o controle da data de cobertura ou inseminação é útil para estimar a data do parto e, dessa forma, poder separar as vacas que estão no final da gestação e destinar a elas um cuidado maior.
Sabe por quê? Essa é mais simples ainda. Porque o momento do parto é extremamente desafiante tanto para a vaca, quanto para o bezerro.
As vacas devem ser levadas para as baias adjacentes durante o início da expulsão do feto, pois, se permanecer muito tempo na baia maternidade, pode haver contaminação com o excesso de fezes e urina contida na cama. Caso fique por pouco tempo, pode ocorrer problemas durante o trajeto.
As fases do parto bovino são:
1a fase - Início do trabalho de parto
Tem duração variável entre 4 e 24 horas. Nessa fase preparatória, vários hormônios começam a agir sobre o organismo da vaca e despertarão sinais característicos do parto, os quais servem de alerta para os criadores e veterinários.
Tais características são afundamento da garupa, úbere edemaciado e inchado e tetas inchadas. Além disso, a vaca se apresentará inquieta, deitando e levantando o tempo todo como sinal do desconforto causado pelas contrações.
É importante nunca interromper, fazer barulho, mexer ou mesmo se aproximar do animal a partir desse momento.
Um nível de estresse qualquer fará com que a vaca entre em um estado de nervosismo maior, dificultando o parto. Ela deve estar, a todo o momento, tranquila e conduzindo o parto sozinha para aumento do seu bem-estar.
2a fase - Expulsão do feto
A duração é de aproximadamente 1 a 4 horas. Começa com o rompimento do tampão mucoso para passagem do feto.
3a fase - Expulsão dos anexos fetais
Expulsão especialmente da placenta. Possui duração de aproximadamente 8 horas.
Durante essas fases do parto, vários cuidados deverão ser tomados, principalmente na 2a fase, em que o animal se projeta na cavidade pélvica.
Ocorrerão algumas alterações como o início da compressão das artérias e veias do umbigo, causando uma hipóxia momentânea na cria, iniciando assim os seus movimentos respiratórios. Porém, uma hipóxia prolongada pode levar à morte do bezerro.
Normalmente, a cria aparecerá na seguinte sequência: patas dianteiras, focinho, cabeça, corpo e patas traseiras. Dessa forma, qualquer modificação de posição já é característica de parto distócico. Logo após o aparecimento da cabeça, a velocidade de saída do animal fica maior e esse já começa a
respirar.
O ideal é que logo após o início da 2a fase, caso o animal passe por mais de 1 hora sem realizar o parto, que seja feita uma avaliação do posicionamento do bezerro para verificar a necessidade de intervenção.
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Por Silvana Teixeira.
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