É inegável o tamanho e a importância da pecuária para o mundo todo. Aqui em nosso país, ela é uma das principais engrenagens que movem a economia nacional e, por conta do aumento da demanda mundial, tem a missão de se expandir e potencializar a sua produção, visando atingir lucros cada vez maiores.
Nesse sentido, a criação de animais em confinamento torna-se uma das opções para garantir o aumento da atividade, uma vez que esse sistema permite, dentre outros fatores, a redução na idade de abate dos bovinos, o aumento na qualidade da carne, o retorno financeiro a curto prazo e um melhor rendimento de carcaça.
Gilmar Ferreira, professor do Curso CPT Bovinos de Corte em Confinamento – Instalações, Produção de Alimentos e Escolha dos Animais, destaca que para garantir a máxima produtividade dos animais criados em sistema de confinamento, são necessárias uma série de iniciativas de manejo que devem ser desenvolvidas de forma disciplinada e rotineira.
Na criação em confinamento, o planejamento da estrutura e da capacidade dele são essenciais para que esse sistema produza os resultados esperados:
Definição da raça
Em primeiro lugar, é importante considerar que não há uma raça de bovino que seja considerada mais ideal para a criação em confinamento. Entretanto, ainda que qualquer raça possa ser introduzida ao sistema, cada produtor tem o dever de avaliar qual é a melhor para a região onde desenvolverá a criação e para a finalidade do confinamento: enquanto os zebuínos são mais resistentes, mas demoram mais tempo na engorda, os taurinos atingem o peso de abate mais rápido e são menos resistentes, por exemplo.
Estratégia de produção
Alguns cálculos são indispensáveis para que se conduza a criação corretamente. O consumo de matéria seca deve ser calculado a partir do peso dos animais e de uma estimativa de ganho médio diário.
Equipamentos e estruturas do confinamento
O manejo diário de animais confinados demanda a utilização de alguns equipamentos e construção de estruturas com a finalidade de otimizá-lo. Além do curral de engorda com bebedouro e cocho de alimentação, o pecuarista precisa de um curral para embarque, desembarque e manejo dos animais com seringa, de um galpão para armazenagem dos ingredientes utilizados na dieta, de silo para armazenamento do volumoso e de uma fábrica de ração. Em relação aos equipamentos, tratores, pá carregadeira e caminhão de arraçoamento são alguns dos mais importantes.
Área do confinamento
A área utilizada para o confinamento deve ser dimensionada. O ideal é que se trabalhe com uma área de 8 a 12 m² por animal e com 100 animais por piquete. Em relação à geografia dos piquetes, uma declividade mínima de 3% é necessária para o escoamento do excesso de água de chuva e o espaço do cocho deve ser calculado por cabeça, bem como a capacidade do bebedouro.
Local dos cochos
No caso específico dos cochos, a localização é um dos pontos principais, pois ela deve ser pensada para proporcionar fácil acesso tanto para os animais, quanto para quem trabalha abastecendo-os. Recomenda-se instalá-los na parte mais alta do piquete e a declividade recomendada para o lado de fora é a mesma citada anteriormente, com o mesmo objetivo já mencionado.
Tipos de cochos
Já em relação ao tipo de cocho, há três que são os mais usados comumente:
- os cochos de madeira;
- os cochos de concreto;
- e os cochos feitos com tambor plástico cortado ao meio.
De acordo com as características de cada um, os cochos de concreto são os mais recomendados por facilitarem a conservação e a limpeza, evitando que o alimento se deteriore e que o local onde os bovinos se alimentam se tornem propícios para a infestação de moscas e proliferação de doenças.
Conheça os Cursos CPT da Área Gado de Corte:
Bovinos de Corte em Confinamento – Instalações, Produção de Alimentos e Escolha dos Animais
Bovinos de Corte em Confinamento – Manejo e Gerenciamento
Alimentação de Bovinos de Corte
Fonte: RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem. Bovinocultura: manejo e alimentação de bovinos de corte em confinamento / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: Senar, 2018. 56 p; il. 21 cm (Coleção Senar, 232)
por Renato Rodrigues
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