A vida reprodutiva nas condições brasileiras de criação dos equinos começa ao redor dos 36 meses de idade. Nesse momento, o animal já apresenta equilíbrio hormonal suficiente e desenvolvimento físico adequado para que a gestação ocorra com segurança.
“A taxa de prenhez de potras aos 36 meses, manejadas sob um bom manejo nutricional, em pastagens de alta qualidade, podem chegar a 89,0%, conforme diversos estudos já mostraram. Esses índices tendem a cair, substancialmente, à medida que a qualidade da dieta fornecida se reduz, independentemente da idade”, afirma Fabiana Garcia Christovão, professora do Curso CPT Inseminação Artificial em Equinos.
Mas não apenas a nutrição afeta a atividade reprodutiva das potras e também das éguas. A fêmea equina é um animal poliéstrico-estacional, o que determina a ocorrência de inatividade ovariana nos períodos de luminosidade mais baixa em termos de horas de luz/dia, no período de outono/inverno. Ao contrário, a atividade ovariana é intensa no período de primavera/verão, o que significa maior índice de fertilidade nessa época. Como nas regiões próximas ao equador há pouca variação no comprimento do dia ao longo do ano, matrizes apresentam-se poliéstricas de forma contínua, manifestando cio durante o ano todo. O fotoperíodo influencia a liberação dos hormônios FSH e LH que provocam a atividade ovariana.
A temperatura ambiente também influencia a fertilidade, sendo que temperaturas mais altas influenciam positivamente a ocorrência de estro. Já a luminosidade, em maior grau, e adicionalmente a temperatura afetam o equilíbrio/desequilíbrio dos níveis hormonais que vão influenciar a ocorrência de maior ou menor atividade ovariana.
É interessante notar que, quando chega o período de transição entre o inverno e a primavera, as fêmeas deixam de forma progressiva a inatividade ovariana para um novo período positivo de atividade, no qual se observa a ocorrência de estros que, nesse período de transição, podem se manifestar mais prolongados em algumas situações, e irregulares em outras, até que ocorra a ovulação efetivamente. Portanto, podemos concluir que a eficiência reprodutiva é influenciada, principalmente, pelo fotoperíodo, pela nutrição e pela temperatura. A disponibilidade e a qualidade dos alimentos afetam fisiologicamente a atividade sexual.
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Por Silvana Teixeira.
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