Adilson Aguiar, professor do Curso CPT Manejo de Pastagens, explica que o manejo de pastagens tem mostrado diferença significativa entre o lucro e o prejuízo da propriedade e promovido a sustentabilidade, diminuindo a degradação dos seus principais recursos. Conhecer bem as técnicas de manejo de pastagens é fundamental para a atividade pecuária e a rentabilidade das propriedades.
Ainda que boa parte dos produtores saibam que a pastagem é a principal fonte de alimentação do gado – e a mais barata também –, muitos ainda negligenciam o bom manejo delas e acabam enfrentando grandes desafios na época da seca, o que torna a sua atividade mais cara e, consequentemente, menos rentável.
Então, o correto manejo tem a principal função de garantir a eficiência na utilização dessa fonte de alimento e a redução nos custos da alimentação do gado. Estima-se que aproximadamente 80% de todas as pastagens brasileiras apresentam algum tipo de problema, o que pode ser resolvido com a adoção de um manejo apropriado.
Ajuste das práticas de manejo de pastagens
É necessário informar que as práticas de manejo empregadas nas pastagens afetam a produção e a utilização de forragem. Logo, as práticas relacionadas a seguir – assim como outras – têm o objetivo de alinhar a oferta de uma pastagem de qualidade com a demanda de alimentação dos animais:
- Adubação de manutenção
A adubação é um dos processos mais importantes para o correto desenvolvimento de várias plantas, assim como as forrageiras. Além de ser determinante para a produção, ela também interfere na vida útil da pastagem e deve ser adotada quando o objetivo do produtor for produzir mais forragem ou aumentar a taxa de lotação dos pastos.
- Taxa de lotação
E, por falar em taxa de lotação, esse é outro aspecto de relevância para o manejo das pastagens. Ajustar a taxa de lotação é crucial no manejo, haja vista que isso possui relação direta com a produção por animal e por área.
- Método de pastejo
A forma como os animais são movimentados nas pastagens recebe o nome de método de pastejo. Há três principais: o contínuo, no qual os animais ficam no pasto por um grande período de tempo; o rotacionado, com as pastagens divididas em piquetes e alternância entre períodos de ocupação e de descanso; e o direto, quando os pastos são vedados no terço final do período chuvoso para que se construa uma reserva para o período seco.
- Exigência de manejo da planta forrageira
A depender da planta forrageira cultivada, do método de pastejo e do grau de intensificação das pastagens, torna-se possível obter uma pastagem com grande vida útil e com boa capacidade de rebrota.
- Descanso
Ao passar o tempo no pasto, os animais acabam se alimentando das plantas forrageiras, afetando-as também. Por conta disso, com o objetivo de proporcionar uma boa recuperação das plantas, um período de descanso precisa de ser estabelecido, fator relacionado com o método de pastejo.
- Divisão dos pastos
Em propriedades com sistema de produção mais intensivo ou com plantas forrageiras de porte alto, por exemplo, a divisão dos pastos é recomendada. Essa ação facilita o controle do pasto, aumentando a eficiência de colheita da forragem pelos animais em pastejo e a uniformidade dele.
- Área de pasto
Para que seja definida a área de pasto, alguns pontos precisam ser lavados em conta: a produtividade da forragem, a eficiência de utilização da mesma pelos animais e a duração do ciclo de pastejo. Esse indicador também está atrelado à taxa de lotação de um sistema.
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Manejo de Pastagens
Formação de Pastagens
Formação de Pastagens com Plantio Direto
Fonte: RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem. Manejo de Pastagens / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – 2. ed. Brasília: SENAR, 2012. 34 p.: il.
por Renato Rodrigues
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