Finanças na família - como controlar os gastos e não entrar no vermelho

Em época de crise econômica no País, controlar as finanças na família é fundamental para se viver bem e com qualidade. Tudo é muito caro: estudos, combustíveis, energia elétrica, cesta básica, medicações… Para muitas famílias, o salário mal dá para quitar todas as despesas do lar, empurrando para o próximo mês parte das dívidas. Com isto, cria-se uma bola de neve muito difícil de se desfazer, por sinal, e a saúde financeira da família entra no vermelho. Boa parte das que conseguem quitar suas contas, chegam ao fim do mês sem reservas e poucas são as famílias que iniciam um novo mês com as contas em ordem. Sendo assim, aprender a controlar gastos e fazer planejamentos passa a ser ordem para que não se entre em uma ciranda de débitos e desestruturação financeira familiar. Mas, enfim, como isso deve ser feito? A resposta é simples:

1- Participação dos membros da família

Segundo Nerina Aires Coelho Marques, professora do Curso CPT Finanças na família: administração e controle, “independentemente do poder aquisitivo ou do tamanho da renda familiar, é preciso que todos os membros planejem e controlem o uso do dinheiro, decidindo em quê e como vai gastar o seu dinheiro. Para isso, é preciso analisar, de um lado, as necessidades, desejos e aspirações, em vista dos valores pessoais, e, do outro, os ativos e os passivos, isto é, as receitas e as despesas”.

Em época de crise econômica no País, controlar as finanças na família é fundamental para se viver bem e com qualidade.

2- Como o dinheiro é aplicado

A administração das finanças domésticas refere-se ao planejamento do uso dos recursos financeiros da família e a colocação destes planos em prática. Essa administração compreende desde as operações mais simples, como obter dinheiro para prover o sustento da unidade doméstica, abrir e fechar conta bancária, até as mais complexas, como fazer e controlar os investimentos, e controlar o patrimônio da família.

3- Como proceder ao planejamento financeiro

Com o dinheiro, somos pagos por nosso trabalho, compramos os itens para nossas necessidades do dia a dia, como casa e comida, pagamos o aluguel, a prestação da casa própria, a educação dos filhos, o aperfeiçoamento profissional, adquirimos nosso patrimônio, seguro de vida e de saúde, pagamos pensão para filhos ou pais idosos, entre outras inúmeras coisas. A arte da economia, portanto, está em reconhecer e dar utilidade aos recursos que temos, ou estão disponíveis para nós; saber como dividi-los ou dosá-los na medida de nossas necessidades; usá-los com parcimônia (critério), isto é, economizando aqueles mais caros e difíceis de conseguir ou reaver, como o dinheiro, o tempo e a saúde, substituindo-os, sempre que possível, por aqueles mais abundantes.

O planejamento financeiro, portanto, é um hábito que, quanto mais cedo se inicia, mais fácil se incorpora à rotina da família. É fundamental se fazer uma avaliação contínua, visando compatibilizar valores, necessidades, aspirações e desejos aos recursos disponíveis para que ele dê certo.

4- Como proceder ao planejamento familiar

Você só conseguirá ter uma vida financeira organizada se tiver objetivos muito claros. Para estabelecer seus objetivos de curto, médio e longo prazo, a família pode fazer outro exercício:

1. Pense e procure responder: o que você e sua família estão fazendo no presente para assegurar o bem-estar econômico e aumentar o patrimônio, em preparação para os próximos 5, 10, 15, 20 anos e para a velhice?

2. Reúna sua família para discutir os objetivos comuns. Para isso, consultem a lista de valores já feita, de modo a assegurar que os objetivos correspondam aos valores ou àquelas coisas que a família considera mais importantes.

3. Faça uma lista com os objetivos, definindo o tempo necessário para atingir cada objetivo, sem se esquecer de avaliar, também, o tempo que a necessidade ou a família pode esperar. Uma gravidez, a festa de casamento da filha, a troca de um veículo, uma viagem de férias têm tempo e urgências específicas. Nesse momento, procurem definir o quanto é preciso juntar e poupar, em quê e como poupar.

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A menos que sua família tenha recebido uma rica herança ou um grande prêmio (o que é muito raro e pouco provável), o mais seguro é começar a planejar, desde cedo, estabelecendo prioridades e prazos.

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Por Silvana Teixeira.