O chuveiro elétrico comum é constituído, basicamente, de uma câmara para acúmulo de água, uma resistência elétrica para o aquecimento da água, contatos para a energização da resistência elétrica pela rede de energia, um diafragma para realizar o movimento dos contatos pelo peso da água que flui na câmara e uma carcaça com uma entrada para a água pela canalização da residência, bem como uma saída, onde está localizado um dispositivo com furos.
“Quando o registro da tubulação do chuveiro é aberto, a água flui pela câmara, promovendo o deslocamento do diafragma, que faz com que os contatos se fechem, dando início, assim, à passagem de corrente elétrica pela resistência do chuveiro promovendo o aquecimento da água”, afirma Prof. Tarcísio Assunção Pizziolo, do Curso CPT Capacitação de Eletricista: Eletricidade Aplicada.
Avaliação da resistência elétrica do chuveiro elétrico
Um exemplo muito prático da utilização do multímetro, medindo resistência elétrica, é a avaliação da resistência de um chuveiro elétrico. O eletricista pode avaliar, por inspeção nos terminais da resistência elétrica do chuveiro, se é necessário trocá-la, em caso de avaria por curto-circuito, sobrecarga na instalação elétrica ou mesmo desgaste do material que constitui o resistor, comumente denominado resistência do chuveiro elétrico.
- Temperaturas
Os terminais “fêmea” A, B e C constituem as partes que são conectadas no chuveiro para a energização do resistor. Existem, na carcaça do chuveiro, três terminais “macho” onde são fixados terminais “fêmea” A, B e C do resistor. O chuveiro possui uma chave seletora de temperatura que seleciona a ligação dos terminais A, B e C da resistência para o aquecimento da água. Quanto mais curta for a resistência, ou seja, menor seu valor ôhmico, mais corrente circula e, portanto, maior é a quantidade de calor gerado. Então, se a chave seletora estiver conectando nos terminais A e C, o chuveiro proporcionará uma temperatura menor na água (verão), pois sua resistência elétrica à passagem de corrente é maior. Se a chave seletora estiver conectada nos terminais B e C, o chuveiro proporcionará uma temperatura maior na água (inverno), pois sua resistência elétrica à passagem de corrente é menor.
- Teste de continuidade na resistência do chuveiro elétrico
O eletricista poderá avaliar se a resistência elétrica do chuveiro está “rompida”, ou seja, se há descontinuidade no circuito do chuveiro elétrico, pelo fato de a água não esquentar. Primeiramente, o chuveiro deve estar totalmente desligado da rede de energia elétrica, ou seja, deve-se retirá-lo da instalação hidráulica da residência, desligando-se a chave eletromagnética (disjuntor) que o alimenta. Em seguida, deve-se mover a chave seletora do multímetro para a medição de resistência elétrica. A escala a ser escolhida para a medição deve ser em função de um valor muito fácil de se encontrar. Por exemplo, se um chuveiro está ligado em 220 Volts e tem uma potência de 6.660 Watts, sua resistência terá um valor máximo de R = (220)2 / 6.600 = 7,33 Ohms. Assim, o eletricista deverá usar a escala de 200 Ohms no multímetro.
Escolhida a escala de 200 Ω, conectam-se as pontas de prova do multímetro nos dois fios do chuveiro, excetuando-se o fio terra, e seleciona-se a chave do chuveiro para “verão”, pois a temperatura da água é menor. Pressiona-se ar com a boca no cano de entrada do chuveiro, o que fará com que o diafragma desça e feche os contatos do chuveiro. Se o multímetro marcar no display um valor de resistência próxima da calculada previamente (dividindo-se o valor da tensão em volts ao quadrado pelo valor da potência em watts), ou emitindo um som de continuidade, a resistência do chuveiro não está “rompida”. O circuito tem continuidade comprovada pelo multímetro em sua medição em ohms. Mas, se no display do multímetro apresentar o número “1” no dígito mais à esquerda, ou não emitir som de continuidade, isso significa que existe uma resistência com valor infinito, ou seja, a resistência do chuveiro está “rompida”.
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Por Silvana Teixeira.
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