Fábrica de móveis: destinação correta dos resíduos

As fábricas de móveis, serrarias e marcenarias geram diversos resíduos de madeira no seu dia a dia, e estes resíduos precisam ter destinação correta. Cada estado tem suas leis específicas para esse fim e são subordinadas às Secretarias Estaduais de Meio Ambiente. O tema é regulamentado pela Lei Federal 9605, de 12 de fevereiro de 1998, que prevê destinação a estes materiais. "É bom consultá-la, pois o diretor ou gerente da empresa pode responder na justiça por danos ao meio ambiente e à saúde do ser humano", afirma Omar Massardi, professor do Curso a Distância CPT Fabricação de Móveis em Série.

As sobras de madeira são comuns em indústrias moveleiras e a redução desses resíduos deve ser uma busca constante do marceneiro, como forma de redução dos custos de produção e, também, como estratégia de prevenção ambiental, na qual são analisados os processos e serviços adotados, a fim de reduzir custos e riscos para a saúde e o meio ambiente. Isso pode ser conseguido de algumas maneiras:

- Correto armazenamento da matéria-prima.
- Planejamento na fase de design do móvel, desenhando as peças de forma a favorecer o melhor aproveitamento da madeira.
- Operação correta das máquinas, evitando-se cortes que causem perdas.
- Redução de erros em todas as etapas de industrialização, principalmente na fase de corte.
- Utilização dos retalhos, que são sobras de maiores dimensões, para a produção de sarrafos, e peças menores que podem ser utilizadas no processo industrial.

No entanto, mesmo cuidando para que a produção de resíduos seja minimizada, a fábrica sempre produzirá resíduos na forma de serragem, pó de serra, cavacos e porções não aproveitáveis; isso é inevitável. Entretanto, busque adotar programas eficientes para resolver o problema dos resíduos, além de procurar alternativas. Trate o caso com seriedade!

A melhor destinação para esse material é a venda para padarias e pizzarias e indústrias, que utilizam aquecimento de água em caldeiraria. Uma boa alternativa para as máquinas que produzem retalhos, que possam ser aproveitados como lenha, é utilizar um sistema simples de recolhimento, no qual os pedaços caem em um saco de ráfia, os quais depois de cheios são fechados e vendidos para queima. Para uso em caldeiras, os sacos podem ser colocados inteiros e cheios para queima, enquanto que, em fornos de pizzaria e padarias são abertos, e a madeira é usada aos poucos. Encerrado o processo, os sacos são devolvidos para a fábrica de móveis.

Antigamente, era mais comum; mas ainda encontram-se fábricas de móveis e pequenas marcenarias que realizam a queima desses resíduos em lugares impróprios, a céu aberto, ou ainda há aqueles que enterram os resíduos e, também, há os que abandonam esses subprodutos da madeira em qualquer lugar, no meio de matas, terrenos baldios, encostas e outros. Os males que atingem os seres humanos, ocasionados pelos resíduos de madeira, são geralmente os problemas e as doenças respiratórios causados pela fumaça da queima e pelas partículas finas que são lançadas no ar. Dê um destino mais consciente aos resíduos de sua indústria. Procure, em sua cidade ou região, locais próprios para destinação desses materiais. Com certeza, você, além de contribuir para a conservação da saúde humana e do meio ambiente, ainda tornará sua empresa modelo na prática da responsabilidade social.

Outras maneiras de se utilizar os subprodutos da madeira:

- Como forração em canteiros, para baias de animais de grande e pequeno porte.
- Misturado a resíduos orgânicos; por meio da compostagem, pode virar um excelente adubo.
- Os pedaços maiores, como tocos, cordões, pequenos pedaços podem ser doados às escolas do bairro, ou da região, para utilização em trabalhos manuais.
- Resíduos mais finos podem ser enviados para indústrias de compensados e MDF.

Isso são apenas informações de como os resíduos podem ser utilizados sem que fiquem jogados em qualquer lugar. Você, como profissional, deverá ter esta preocupação e buscar alternativas inteligentes para o descarte desses materiais.

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Por Silvana Teixeira.