Para produção do biocombustível é necessária a extração do óleo, para isso existe um procedimento a ser seguido, para evitar desperdícios e prejuízos, o professor Nagashi Tominaga do Curso CPT de Cultivo de Pinhão-Manso para Produção de Biodiesel, nos mostra como aproveitar a produção dessa planta rentável.
O processo de extração de óleos vegetais constitui-se, basicamente, das seguintes etapas:
1. Pré-limpeza do material: as sementes passam por um processo inicial de limpeza, ao chegarem na indústria, em peneiras vibratórias para separação da casca e dos resíduos.
2. Cozimento: A seguir, as sementes selecionadas são levadas para a caldeira, onde passam por um cozimento, em condições controladas de umidade, temperatura e vapor.
3. Prensagem: Após o cozimento, seguem para uma prensa helicoidal contínua, onde a pressão mecânica rompe as células e o óleo bruto é extraído, em sua maior parte. O resíduo dessa primeira etapa de extração é a torta gorda. Posteriormente, esta torta é submetida a um processo de extração por solvente, que retira o óleo remanescente. O que sobra é a torta magra ou farelo.
4. Decantação: O farelo pode ser comercializado como adubo. Após a extração, o óleo passa por um processo de decantação, para separação das impurezas pesadas.
5. Filtragem: Após a decantação são separados os elementos mais pesados do óleo.
Quanto à taxa de conversão do óleo de pinhão-manso, está sendo adotado que 90% de óleo de pinhão-manso se converte em biodiesel, na reação de transesterificação, associado a 10% de etanol ou metanol. O resultado da reação serão 90% de biodiesel para 10% de glicerina, contida no óleo, que é removida na reação química. Essa taxa de conversão é a mesma para praticamente todo óleo vegetal, a não ser que determinado óleo tenha alto teor de glicerina.
A semente é imprópria para consumo humano, pois contém compostos químicos tóxicos.
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Por Eduardo Silva Ribeiro.
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