O cultivo de peixes em cativeiro tem a finalidade de atender à demanda do mercado nacional e internacional, tanto para consumo alimentar como para povoamento de pesqueiros, onde se pratica a pesca esportiva.
“Também tem por finalidade produzir peixes para repovoamentos nos locais em que, por alguma razão, as espécies nativas possam estar ameaçadas de extinção”, afirma Dr. Manuel Braz, professor do Curso CPT Produção de Alevinos.
Independente da situação, o fato é que os peixes produzidos nas pisciculturas precisam ser cultivados, comercialmente, para atender à demanda que cresce a cada dia. Tudo começa com a produção dos peixes que, mediante o emprego de técnicas adequadas, produzem filhotes (alevinos), que são devidamente preparados nas pisciculturas especializadas em reprodução, para depois serem distribuídos para as pisciculturas de recria e engorda.
Portanto, a produção de alevinos é uma atividade que requer muito conhecimento e técnica, ou seja, necessita de especialização. Além de entender da qualidade da água; dos fatores locais, como topografia, tipo de solo, disponibilidade de água, fatores climáticos, entre outros; e do mercado consumidor, é preciso conhecer em detalhes as técnicas de reprodução que deverão ser adequadas à espécie que se deseja reproduzir.
Basicamente, o processo de reprodução dos peixes pode ser estudado em duas etapas: desova e fecundação. A primeira etapa é a desova, quando se busca entender os procedimentos que deverão ser adotados, visando à obtenção dos ovos dos peixes. A segunda etapa é a fecundação em si, que consiste em utilizar técnicas e procedimentos específicos, de acordo com a espécie considerada, visando propiciar aos ovos, obtidos da desova, condições para que gerem larvas que, posteriormente, serão transformadas em alevinos.
Existem espécies para as quais a desova e a fecundação são feitas de forma natural; outras, em que a desova é natural e a fecundação artificial; e existem também os casos em que tanto a desova como a fecundação envolvem técnicas que fogem completamente da forma natural e, por isso, são consideradas artificiais.
Espécies de desova espontânea podem ser induzidas para que possamos determinar a formação dos casais (melhoramento), obter a reprodução no momento de maior interesse (sincronização) e também para proporcionarmos os cuidados com ovos e larvas (produtividade).
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Por Silvana Teixeira.
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