O professor Per Christian Braathen do Curso CPT de Aprendizagem Significativa, explica algumas epistemologias utilizadas na educação, são instrumentos que ajudam na aprendizagem, se você é professor e quer entender mais como funciona o processo educativo, a aprendizagem e entender como o conhecimento se forma, confira as dicas do professor para complementar sua formação.
O problema está, então, na forma como nós professores encaramos o conhecimento, a sua epistemologia e a de seus alunos. Seguindo essa lógica de pensamento, sintetizando o que vimos até aqui, no quadro abaixo, analisaremos alguns pensamentos comuns entre os profissionais da educação.
EPISTEMOLOGIA | ANÁLISE | |
EMPIRISMO | Adquirir conhecimentos para mim é como uma vivência. Eu adquiro pelos meus sentidos. São transmitidos de uma maneira que entram pelos meus ouvidos e olhos, e eu os armazeno no meu cérebro. |
Essa visão, aparentemente lógica, coloca o ser humano como passivo no processo. Ou seja, o individuo tem pouco ou nenhum mérito no aprendizado, a não ser ter boa memória. Desconsidera que além de ouvir, ver e tocar, o individuo age e experimenta. |
APRIORISMO |
O meu conhecimento partiu de algo já inato, presente na minha bagagem hereditária. Depois, no convívio social e na escola, essa estrutura foi lapidada, e pude mostrar meu potencial. Aprendo por mim mesmo |
Essa visão, oposta à colocada anteriormente, considera agora que o conhecimento é inato e precisa apenas ser desesperado. Erroneamente, desconsidera mais uma vez a ação do indivíduo e leva a visões deturpadas sobre o aprendizado, levando ao preconceito e à exclusão. |
CONSTRUTIVISMO |
Penso que meus alunos têm de experimentar, mexer, tocar; e eu preciso estar muito atenta para perceber se estão ou não interessados, pois isso é fundamental. Um animal é adestrado, age por estímulo-respostas. Eu não. Nem a criança. Pensamos, discordamos, questionamos, adquirimos conhecimentos olhando e interagindo com o mundo, sofrendo influência das coisas e pessoas a nossa volta. É assim que eu mesma construo meus conhecimentos, de uma forma muito melhor. |
Esta é a visão construtivista, que pode permitir o avanço do processo de aprendizagem, mas que deve começar com uma mudança no próprio professor, na forma de encarar o conhecimento e o aprendizado. Ao invés de repetir, recitar e memorizar mecanicamente o que já está pronto, o aluno deve agir, operar, criar e construir, a partir da realidade vivida por ele, pelo próprio professor e pela sociedade. |
A ação, a participação, a interação e a possibilidade de elaborar e reelaborar, construir e reconstruir representam uma epistemologia mais eficiente para a aprendizagem.
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Por Eduardo Silva Ribeiro.
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