Instrução centrada no estudante é uma abordagem ampla de ensino que inclui substituir aulas expositivas por aprendizagem ativa, responsabilizando os estudantes por sua própria aprendizagem e usando aprendizagem em ritmo pessoal e, ou aprendizagem cooperativa (em grupos).
“Outra maneira de centrar o nosso ensino no estudante inclui passar problemas abertos e do tipo que requer raciocínio criativo e crítico, exercícios de redação reflexivos, envolvendo os estudantes em simulações e desempenho de papéis”, afirma Per Christian Braathen, professor do Curso CPT Metodologia de Ensino Individual.
Quando usada apropriadamente, essa abordagem incrementa a motivação para aprender, a retenção de conhecimento, a profundidade do entendimento e a apreciação pelo que está sendo ensinado. Ao usar o ensino centrado no aluno, o professor atende ao pressuposto de que a aprendizagem é idiossincrática e, por isso, o ensino deve buscar atender os estilos de aprendizagem de cada aluno.
Apesar de todo o argumento teórico em seu favor e dos resultados práticos que essa metodologia oferece, a resistência a sua adoção é grande, principalmente, no primeiro contato. Aqueles que tomam conhecimento sobre as metodologias de ensino centradas no aluno, geralmente, apresentam duas reações básicas: os céticos, que apresentam várias razões criativas de por que métodos centrados no estudante não dão certo; e os convertidos que aceitam a abordagem e estão ansiosos por experimentá-la.
Sabemos dos receios que professores têm a respeito dessa metodologia, já que também nós passamos por isto e, normalmente, conseguimos convencer a maioria dos céticos de que alguns dos problemas que esperam não irão ocorrer, e os outros são solúveis. Entretanto, é preciso cuidado na adoção dessa estratégia de trabalho.
Os entusiastas excessivos que se dizem prontos para pôr mãos à obra, imediatamente, imaginando que resultados espetaculares irão aparecer, também imediatamente, por exemplo, poderão experimentar um rude choque. Não que a instrução centrada nos estudantes não funcione, quando aplicada corretamente - funciona, como confirmado tanto pela literatura quanto por nossa própria experiência em duas disciplinas completamente diferentes. O problema é que embora os benefícios prometidos sejam reais, não são nem imediatos nem automáticos.
Os estudantes, cujos professores têm lhes dito tudo de que necessitam saber desde o primeiro ano do ensino fundamental, não necessariamente irão gostar de ter esse suporte removido. Alguns estudantes veem a abordagem como uma ameaça, ou como algum tipo de jogo, e alguns poderão se tornar amuados ou hostis, quando descobrirem que não têm escolha em aderir.
Gostou do assunto? Leia a(s) matéria(s) abaixo:
- Ensinar e aprender: processos iguais ou diferentes?
- Professor: quando adotar os métodos de ensino individualizados e por quê?
Quer saber mais sobre o Curso? Dê Play no vídeo abaixo:
Conheça os Cursos CPT da área Metodologia de Ensino.
Por Silvana Teixeira.
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.