Educação ambiental para a sustentabilidade: principais características

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A Educação Ambiental para a Sustentabilidade (EAS) é engajada e participativa em vez de ser passiva e sua ênfase está no aprender, em vez de ensinar. “Em particular, a pesquisa-ação com sua ênfase na reflexão crítica, ciclos de aprendizado experiencial e posse democrática dos processos de mudança, é inerente à EAS”, afirma Gínia César Bontempo, professora do Curso CPT Educação Infantil: Educação Ambiental Infantil.

A EAS é crítica

Ideologicamente atenta e socialmente crítica. Reconhecendo que nenhum valor educacional é politicamente neutro, a Educação Ambiental para a Sustentabilidade deve recorrer ao conjunto da teoria crítica, associada às orientações ambientalistas fundamentalistas e moderadas, uma vez que estas constituem os desafios primordiais à hegemonia modernista. Ao mesmo tempo, deve continuamente avaliar criticamente essa teoria e seus argumentos.

A EAS é balanceada

É balanceada mas busca rebalancear pares correlacionados que estão dissociados e distorcidos no paradigma dualístico dominante. Estes incluem aspectos pessoais como conhecimento e valores, aprendizado cognitivo e afetivo, racionalidade e intuição, objeto e sujeito, aspectos materiais e espirituais; e aspectos coletivos como a economia e a ecologia, presente e futuro, local e global, indivíduo e comunidade.

A EAS é sistêmica e coletiva

Coloca ênfase na relação e padrão (incluindo dinâmica e fluxos, distorções, retroalimentação e causação), encorajando uma conscientização e sabedoria sistêmicas e participativas, em relação ao planejamento sustentável e em mutiníveis físicos, ambientais, em sistemas econômicos e sociais.

A EAS é inclusiva e durável

Inclusiva, durável. Não seletiva, a Educação Ambiental para a Sustentabilidade é para todas as pessoas em todas as áreas da vida, e se estendendo para além de suas fases biológicas, tais como infância e adolescência

A EAS é propositada

Explora, testa, critica e nutre os valores e alternativas sustentáveis, como uma explícita intenção de apoiar a mudança.

A EAS é ética

Ética, clareando questões, mas também alimentando a sensibilidade ética normativa que relaciona e torna indissociável o que é profundamente pessoal e coletivo, ou sejam estende a fronteira do cuidado e preocupação para além do imediato e pessoal, em direção a um senso participativo de solidariedade para com as outras pessoas, ambientes e espécies, a distância, e as futuras gerações – o que é chamado por Fox (1992) de “ética transpessoal”. Isto não é monista, nem relativista, mas reflete um pluralismo ecológico (STERLING, 1996, p. 22).

A Educação Ambiental para a Sustentabilidade não deve ser prescritiva, mas sim indicativa, e deve ser alimentada com todas as formas de pensamento, em busca de um bem comum. Ela resgata a compreensão das organizações da sociedade, na relação homem-natureza, sem a visão exclusiva do capitalismo, que continua a corromper as relações sociais e ambientais. Desse modo, a EAS poderia ser assim definida: é um processo educacional que prepara o indivíduo para perceber que as relações sociais e econômicas, socialmente construídas pela humanidade, devem ser justas e considerar a Terra a partir da finitude dos seus recursos naturais existentes.

É importante salientar, ainda, que a compreensão, a partir da finitude dos recursos naturais, inclui desde a percepção da importância da otimização do fluxo de energia solar, tanto em organismos autotróficos quanto em heterotróficos, para uma produção contínua de biomassa e consequente reciclagem de nutrientes, a partir do direcionamento dos resíduos desse processo, situações que, por não comprometerem a atual geração da humanidade, fazem-no em benefício das futuras.

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Por Silvana Teixeira.