A administração financeira de uma empresa vai muito além de um simples cálculo de preço e lucro. Há vários aspectos que envolvem todo o financeiro empresarial e que precisam ser conhecidos detalhadamente pelos administradores, pois podem ser decisivos no sucesso – ou fracasso – do seu empreendimento.
Hélvio Tadeu, professor do Curso CPT Administração Financeira na Pequena Empresa, ressalta que a administração financeira é decisiva para o sucesso de qualquer empreendimento. Portanto, o administrador financeiro precisa, constantemente, analisar o mercado e criar estratégias para que suas vendas sejam suficientes para pagar seus custos e despesas, e obter lucros.
Um dos principais conceitos que remetem ao controle financeiro é o capital de giro, vital para todas as empresas, sobretudo para os pequenos negócios. Com ele, administradores conseguem controlar melhor suas receitas e despesas, repondo o estoque e garantindo dinheiro em caixa quando as vendas são feitas a prazo, por exemplo. Contudo, é fundamental que se planeje gastos e entradas de recursos.
O que é o capital de giro?
Resumidamente, o capital de giro é o dinheiro de que toda empresa precisa para se manter “ativa”. É composto por tudo o que a empresa possui em caixa, no banco, de tudo o que tem para receber e de todas as outras obrigações que sejam transformadas em receita para ela.
Quais são os tipos de capital de giro?
- Líquido: que inclui os recursos financeiros da empresa, como bens e imóveis, com exceção dos não circulantes;
- Negativo: ocorre quando a empresa não possui todos os recursos para quitar seus débitos e serve como um alerta para ela;
- Próprio: todo o capital que a empresa tem à sua disposição, sem empréstimos;
- Associado a investimentos: tipo de capital de giro que é direcionado para cobrir as despesas geradas por investimentos, por exemplo, quando a empresa deseja se expandir ou modernizar-se.
Dicas para uma boa gestão do capital de giro
Negociação
Em primeiro lugar, é necessário saber negociar com fornecedores e com clientes. A título de exemplificação, é possível pedir aumentos de prazo ou descontos em pagamentos à vista com fornecedores; enquanto, com clientes, pode-se incentivar o pagamento em dinheiro ou débito, além de tentar reduzir prazos.
Identificação e corte
Ao examinar todo o seu negócio, há a possibilidade de se encontrar custos que podem ser reduzidos ou eliminados. O controle do fluxo de caixa também é imprescindível para que as finanças da sua empresa estejam sempre corretas.
Disciplina
Muitos empreendedores possuem o péssimo hábito de misturar recursos pessoais com os da empresa. Em alguns casos, utiliza-se recursos da empresa para pagar despesas pessoais, sem controle dessa retirada. O pró-labore existe para isso, mas o controle é crucial para que as retiradas não sejam maiores que ele.
Estoque
Relacionado ao primeiro tópico, ao negociar com um fornecedor, pode ser que ele te ofereça uma grande quantidade de produtos por um preço melhor. Porém, deve-se tomar cuidado com isso, pois o resultado pode ser uma compra maior do que o necessário e um estoque abarrotado, comprometendo o seu capital de giro.
Empréstimos
É muito comum que empresas façam empréstimos para, em alguns casos, complementar o pagamento de fornecedores, por exemplo. Os administradores só precisam saber do óbvio: é necessário planejar-se para que a empresa consiga quitar esse empréstimo, pois, caso o contrário, ele pode acabar se tornando um problema ainda maior.
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Fontes: Pequenas Empresas & Grandes Negócios – revistapegn.globo.com
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por Renato Rodrigues
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