Dicas essenciais para a realização de procedimentos odontológicos em equinos

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De acordo com o Prof. Dr. Luiz Fernando Rapp de Oliveira Pimentel, do Curso CPT Odontologia Equina a Campo, “O atendimento odontológico do equino não é, ao contrário do que comumente é falado, um procedimento clínico”. Portanto, ao aparar pontas de esmalte exuberante dentárias (PEED), por exemplo, o médico veterinários, especialista em odontologia equina, está modificando um tecido (o esmalte dentário) e, portanto, realizando um procedimento cirúrgico. Como tal, o profissional, obrigatoriamente, deve se comportar como cirurgião.

Como cirurgião, por sua vez, o médico veterinário deve planejar o ato cirúrgico (o atendimento odontológico equino) e prever o que ocorrerá antes, durante e depois do procedimento a ser realizado. O local onde o procedimento odontológico será realizado, por exemplo, deverá, obrigatoriamente, ser inspecionado antes do início do procedimento e as seguintes perguntas devem ser realizadas: o local é seguro o suficiente para o cavalo, para mim e para o pessoal de apoio?

O local mais ideal deve atender os seguintes requisitos:

• Piso seco/não escorregadio: um piso de concreto ou cimento não escorregadio são os ideais. Evite pisos cerâmicos (risco de queda) ou terra batida (risco de choque dos equipamentos elétricos em contato com a água).

• Energia elétrica disponível: verifique a disponibilidade e qual a voltagem disponível. É muito desagradável cancelar um procedimento, por causa de pane de equipamentos ligados à voltagem incorreta. Se a tomada ou caixa de luz não possuírem identificação, use um teste de voltagem que pode ser adquirido em qualquer casa de venda materiais de construção ou elétricos. Sempre tenha uma extensão elétrica de, pelo menos, 20 metros de fio.

• Água limpa: é fundamental. Como fazer o diagnóstico de distúrbios odontológicos e abastecer os equipamentos sem uma água límpida?

• Silêncio: o veterinário precisa de um lugar calmo para fazer a ausculta pulmonar, cardíaca e abdominal. Isto pode ser realizado na baia do cavalo, antes de levá-lo para o local do procedimento. Durante o procedimento, evite locais de passagem de outros animais e de carrinhos de feno e ração. Estes estímulos sonoros tendem a “acordar” o cavalo sedado, o que torna necessário, em algumas situações, o uso de nova dose de sedativo, o que aumenta o risco para o paciente e o custo de seu trabalho.

• Espaçoso/coberto: o local deve ter espaço suficiente para acomodar seus equipamentos odontológicos, permitir a livre movimentação do veterinário e pessoal de apoio, com rotas de fuga em casos de acidente. Retire do local possíveis objetos perfurantes ou cortantes como pás, enxadas e garfos de limpeza de baias. Lembre-se que o cavalo, por natureza, tem o reflexo de fuga e luta e movimentos inesperados. Estes objetos por perto podem causar acidentes.

A cobertura é necessária para evitar a exposição dos equipamentos elétricos, entrada da água da chuva, para evitar que a incidência de sol atrapalhe a visualização da cavidade oral. Pode ser a baia do animal, um galpão ou garagem, ou tronco de contenção, desde que atenda a esses requisitos acima relacionados.

Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:

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Por Silvana Teixeira.