Um tema muito discutido por médicos veterinários quando a pauta é o Plano de Biosseguridade para equinos é o controle de endoparasitas. “É importante ressaltar, nesse momento, que o controle de endoparasitas tem como principais objetivos reduzir a carga parasitária tanto do animal quanto do meio ambiente e evitar as doenças e consequências orgânicas dos endoparasitos”, afirma Maria Gazzinelli Neves, Professora do Curso CPT Doenças de Equinos.
Para garantir o controle profilático de endoparasitas é necessário atentar para as seguintes medidas:
- Manejo rotacionado com outras espécies, intercalando período de pastejo de equinos com bovinos, por exemplo;
- O manejo rotacionado permite alteração da carga parasitária no ambiente de pastejo;
- Remoção das fezes de piquetes com alta taxa de lotação;
- Gradear o pasto e fazer a fragmentação do bolo fecal para propiciar a dessecação de ovos ou larvas;
- Evitar a superlotação de pastagens;
- Não utilizar as fezes equinas como adubo em pastagens que serão utilizadas por equinos;
- A adubação de pastagens destinadas a equinos deve ser feita com fezes de outros animais, por exemplo: bovinos, ovinos, etc;
- Calendário sanitário baseado no Número de Ovos por Grama de Fezes – OPG;
- OPG ideal < 200.
Em geral, os proprietários ou criadores de equinos têm em mente que devem vermifugar o plantel de 3 em 3 meses ou de 4 em 4 meses. Mas esquecem de fazer o controle do OPG na propriedade com o auxílio de um Médico Veterinário. Dependendo do resultado da OPG, é necessário reduzir ou aumentar o período de tempo entre as vermifugações. Por exemplo, quando se tem uma OPG ideal ou menor que 200 ovos por grama de fezes, o período entre as vermifugações pode ser estendido.
Atenção:
Deve-se também alternar as bases antiparasitárias utilizadas para controle de endoparasitas no plantel. A associação de bases é fundamental para evitar a resistência helmíntica aos antiparasitários. Exemplos de bases antiparasitárias para equinos: Lactonas macrocíclicas (LMs) (avermectinas e milbemicinas) entre as quais a mais utilizada é a Ivermectina.
Recomendações gerais ou protocolos mais utilizados:
- Potros: a partir do 15o dia de vida e, posteriormente, a partir de 60 dias ou a cada 2 meses;
- Éguas: entre 30 a 14 dias pré-parto e, posteriormente, a cada 3 a 4 meses;
- Potrancos: a cada 3 a 4 meses;
- Animais de baia: de acordo com o nível de OPG.
Atenção:
Os vermífugos podem ser aplicados em pasta (via oral) ou injetáveis. A vermifigação deve levar em conta o desafio do animal, o nível de OPG e as medidas de biosseguridade adotadas ou não, de acordo com a realidade da propriedade rural.
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Por Silvana Teixeira.
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