Fazer controle biológico com Trichoderma nas culturas reduz o uso de agrotóxicos, nocivos ao homem e ao meio ambiente. Trata-se de um fungo filamentoso, que cresce, rapidamente, nos mais diversos tipos de solo, em especial nos de regiões com clima tropical. Quando estrategicamente utilizado, esse organismo benéfico realiza o controle de doenças em culturas, como milho, soja, girassol, algodão, café, feijão, além de frutíferas e hortaliças.
Sua ação é potencializada em fungos causadores de murchas e podridões, como Fusarium, Pythium e Sclerotinia. Como estes atacam as raízes das plantas, são agentes patógenos de difícil controle, capazes de sobreviver no solo ao longo dos anos. Por esses motivos, em algumas regiões do Brasil e do mundo, muitas culturas não vingam ou têm sua produtividade reduzida.
Como o Trichoderma realiza o controle biológico nas culturas:
1. Embora também seja um fungo, o Trichoderma apresenta mecanismos de ação, que ajudam no controle biológico de fungos patogênicos, além de vírus e bactérias. Ele age por parasitismo, quando se alimenta do fungo até debilitá-lo ou exterminá-lo, ou por antibiose, quando produz substâncias inibidoras do desenvolvimento do fungo nas culturas.
2. Outro importante mecanismo de ação do Trichoderma é a indução de resistência, quando aplicado, preventivamente, antes do ataque do patógeno. Nesse caso, ele imuniza as culturas contra várias espécies de fungos, bactérias e vírus. Isso porque as plantas criam uma barreira poderosa contra esses microrganismos nocivos.
3. Já quando age por competição, o Trichoderma passa a concorrer com os fitopatógenos por nutrientes, água e espaço, o que impede fungos, bactérias ou vírus de infectarem as culturas. Ele enfraquece esses agentes patogênicos sem afetar as culturas. Trata-se de uma ação preventiva, que elimina possibilidade de contaminação das plantas.
4. Em regra, o Trichoderma deve ser aplicado nas culturas antes do surgimento da doença para que os resultados sejam potencializados. Entretanto, ele também pode ser aplicado após a doença para inibir a ação do patógeno em estágio de dormência no solo. Dessa forma, o impacto na cultura é significativamente reduzido.
5. Sendo assim, o produtor de milho, soja, girassol, algodão, café, feijão, frutíferas ou hortaliças, suscetíveis ao ataque de doenças fúngicas, bacterianas e viróticas, deve proceder ao controle biológico com Trichoderma, de forma preventiva, pois em condições ambientais favoráveis, alguns agentes patógenos podem infectar essas culturas.
6. As doses a serem aplicadas dependem da concentração ou da linhagem do Trichoderma. Sem falar que o produtor deve considerar os seguintes fatores: doença a ser combatida, forma de tratamento e cultura suscetível. Caso contrário, as dosagens incorretas podem comprometer a eficiência do produto.
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Fonte: Tecnologia no Campo
Andréa Oliveira
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