A gestação da égua ocorre no período de 11 meses, ou seja, cerca de 330 dias. Entretanto, para a manutenção da saúde da égua prenhe, o manejo nutricional deve ser criterioso e bem planejado. “Primeiramente, deve-se encaminhar à égua gestante ao piquete-maternidade para isolá-la das demais categorias equinas e mantê-la distante de condições de estresse”, explica Orlando Marcelo Vendramini, professor do Curso CPT Reprodução de Cavalos.
Calorias diárias recomendadas
Do 9° ao 11° mês de gestação, a égua gestante requer 18 mil calorias diárias para ganhar vigor e energia para o momento do parto. Para isso, devem ser fornecidos gorduras, carboidratos e proteínas na proporção adequada, além de água de qualidade. Já no primeiro trimestre de lactação, as calorias diárias devem dobrar para 28 mil, junto ao fornecimento de 50 litros de água/dia.
Quantidade de proteína diária
Em relação à quantidade diária de proteína, a égua prenha deve receber, diariamente, em torno de 470 gramas de farelo de soja (ou outro similar). Já a égua lactante deve receber o dobro de proteína por dia, ou seja, em torno de 940 gramas. Tanto a recomendação de calorias diárias como a quantidade de proteína considera a prenhez e a lactação da égua, bem como o peso do animal nos últimos meses de gestação.
Supervisão do médico veterinário
Não apenas a dieta equilibrada deve ser prioridade no manejo da égua gestante, como também a supervisão mensal do médico veterinário. Para avaliar o quadro de saúde da égua prenhe e as condições do feto, devem ser realizados exames clínicos e ginecológicos, com o auxílio do ultrassom. Dessa forma, é possível monitorar a gestação da égua com maior assertividade para tomar a melhor decisão em casos emergenciais.
Égua gestante livre de estresse
A égua gestante deve ser privada de quaisquer condições estressantes, como barulho e fluxo excessivo de pessoas e veículos, deslocamento frequente do animal, ou ainda escassez de água, principalmente nos primeiros meses de gestação, considerados os mais críticos. Não é mera coincidência que o criador de equinos tome como medida inicial a alocação da égua prenhe para o piquete-maternidade.
Condições do piquete-maternidade
O piquete ou pasto-maternidade deve ser tranquilo, limpo, sombreado, com boa drenagem e submetido a vazio sanitário para evitar contaminação. Sua localização deve ser acessível para permitir o fácil manejo alimentar e o monitoramento para observação dos primeiros sinais do parto, que, normalmente, ocorre entre 22h da noite e 4h da manhã. O parto pode ser realizado, no próprio piquete, ou em baia com 4 x 4 metros.
Sinais fisiológicos da proximidade do parto
Os sinais da proximidade do parto são facilmente visíveis e começam a aparecer nas últimas semanas de gestação da égua. Normalmente, de 6 a 2 semanas do parto, o úbere se torna mais arredondado. De 6 a 4 dias do parto, o leite desce para os tetos. De 48 a 24 horas do parto, gotas de leite surgem do úbere, ou ainda coágulos semelhantes à parafina. Nesse momento, é preciso o máximo de atenção, pois o nascimento do potro se aproxima.
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Leia o artigo "Minha égua morreu. Como vou alimentar o potro órfão?"
Fontes: portalagropecuario.com.br; revistahorse.com.br
Por Andréa Oliveira.
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