A história sobre as calopsitas teve seu registro inicial no ano de 1838, no qual um ornitólogo inglês, chamado John Gould, viajou para a Austrália com o objetivo de estudar a fauna do país e realizar desenhos de suas aves.
John Gould foi o responsável pela fama mundial das Calopsitas por ser o primeiro especialista a levar a espécie para fora da Austrália. Em 1950, a popularidade das Calopsitas tomou o mundo graças à Arlequim, calopsita surgida através da primeira mutação de cor.
As calopsitas são aves resistentes desde que convenientemente abrigadas contra ventos e frio extremos. Chegam a viver 25 anos se bem tratadas com uma alimentação balanceada e o cuidado adequado, principalmente em relação ao conta o espaço já que a ave necessita fazer exercícios.
Por ser uma ave extremamente dócil, a calopsita pode ser criada como um animal de estimação. Sua plumagem varia entre as cores: amarelo, branco, cinza, etc. Normalmente, a calopsita tem em cada face uma pinta laranja que protege os ouvidos da ave, com exceção das albinas que não possuem as pintas faciais.
Uma forma de diferenciação entre os gêneros da espécie é a coloração da face. O macho adulto apresenta face amarelada com a pinta laranja, já a fêmea possui a face acinzentada com infiltrações de amarelo e a pinta laranja não se destaca tanto quanto a pinta apresentada pelo macho. Outra diferença entre o macho e a fêmea é a parte interna da cauda, pois, na fase adulta, a do macho é de uma única cor, enquanto a da fêmea possui um rajado amarelo e preto.
As calopsitas têm, como charme, uma crista no topo da cabeça que, por sua vez, também apresenta variações de cores e o comprimento médio da crista de 30 cm. Trata-se de uma ave inquieta, que emite gritos, assobios e alguns machos chegam até a falar. Raramente encontram-se fêmeas que também possuem essa característica.
Aves criadas em cativeiro, que não tenham possibilidade de fazerem exercícios, não devem ser alimentadas com linhaça e semente de girassol devido ao seu alto teor em gordura. Para alimentarem-se com sementes de girassol ou sementes de linhaça, essas aves precisam voar muitos quilômetros para gastar a energia contida.
I. Reprodução
A reprodução pode ser realizada a partir de 12 meses, durante todo o ano, mas é aconselhável tirar apenas duas ou três ninhadas por ano. As Calopsitas têm uma postura de quatro a sete ovos, com incubação de 17 a 22 dias. Os filhotes devem ser separados dos pais com oito semanas de vida.
II. Mutações
Existem muitas mutações de calopsitas com cores variadas, são elas: Silvestre, Arlequim, Lutino, Canela, Opalina (Pérola), Cara Branca, Prata, Lutina, Albino (há um padrão albino e não apenas mutações genéticas), Pastel, Prata Recessivo e Prata dominante.
III. Manejo de criação
A criação pode ser feita em gaiolas individuais ou viveiros. Para controle genético, o melhor é individualizar. Em viveiros, pequenos ou grandes, devem-se colocar as aves já acasaladas. O ideal é por caixas ninho em número maior que o de casais, a fim de evitar brigas.
As gaiolas individuais devem medir de 50 a 60 cm de frente, 60 cm de profundidade e 70 cm de altura. Também pode-se colocar uma porta de entrada para comedouros e bebedouros, fixados na frente, pote de mistura mineral e orifício para entrada na caixa ninho, na frente e no alto.
A caixa ninho deve ter 30 cm de frente, 30 cm de profundidade e 35 cm de altura, com o diâmetro do orifício de entrada de 8 a 10 cm. No fundo deve haver um receptáculo para os ovos, coberto por uma leve camada de maravalha. Limpar a cada ninhada.
Os filhotes saem do ninho aos 30 dias e são desmamados pelos pais com 50 a 60 dias. Cada casal deve ter sua ficha de controle de criação e cada calopsita o seu pedigree. Em média, considera-se um bom casal, aquele que produz de 10 a 15 filhotes por ano.
IV. Alimentação
A Calopsita costuma se alimentar de sementes, mas em seu ambiente natural não dispensa os frutos e insetos. No cativeiro, a alimentação da Calopsita simplifica a vida dos donos e criadores. É composta, principalmente, por ração e sementes, encontradas com facilidade nas lojas.
Os complementos são comuns, como frutas e verduras. Os grãos germinados de girassol, painço, aveia com casca, milho seco, trigo e arroz sem casca, pão duro, os integrais e os secos também devem ser providos. Já a areia grossa e lavada e farinha de ostras ajudarão na digestão e serão excelentes fontes de cálcio. Ainda deve ser dado o carvão vegetal em pedaços ou moído, misturado com areia e com farinha de ostras. Os ossos de siba não devem ser esquecidos também.
Diariamente oferecer composto de 20% de alpiste, 50% de painço, 15% de arroz com casca, 10%de aveia e 5% de girassol. Uma, duas ou três vezes por semana, ofereça ração, frutas (maçãs em pequenos pedaços), legumes em pedaços e verduras como couve, almeirão, espinafre, chicória, bem lavados. Em dias alternados, ofereça milho verde, mas se houver filhotinhos, passe a oferecer todos os dias.
Com relação às frutas, restringir a oferta de frutas muito ácidas ou doce/gordurosas demais (limão, laranja, manga, abacate). Retirar as sementes das frutas é interessante, pois algumas (como as de maçã ou pera) podem ser tóxicas para a ave. As verduras/legumes podem ser oferecidas crus e evitar a oferta excessiva de folhas escuras (excesso de ferro) e não oferecer alface (causa diarreia).
Grãos como o grão-de-bico, soja, lentilha e feijão podem ser oferecidos cozidos e sem tempero. Espiga de milho pode ser dada inteira, devendo somente ser escaldada antes em água quente.
Cuidado com o excesso de semente de girassol ou amendoim. São muito gordurosos (problemas no fígado e obesidade), além de possuírem um fungo (toxinas) que pode causar doenças nas aves. Prefira castanhas como nozes, avelã, amêndoa ou castanha do Pará. O ideal é oferecê-las 2 vezes por semana. Queijo branco, ração de cachorro, ovo cozido podem ser oferecidos de vez em quando, como alternativas de fontes proteicas.
A pimenta dedo-de-moça é importante fonte de vitamina C. Rações comerciais (peletizadas/extrusadas), atualmente, são boas opções. Suplementações vitamínicas não devem ser esquecidas. Às vezes, dependendo do que foi oferecido as aves, as fezes saem com a coloração alterada.
A alimentação dos filhotes é exatamente a mesma dos adultos, acrescida de milho verde diariamente e o mais importante de tudo é estar sempre atento para que as fezes da Calopsita não entrem em contato com as comida, pois podem transmitir doenças.
V. Doenças
No caso dos pássaros, as mais comuns são as verminoses, as infecções bacterianas e a coccidiose (protozoário causador de diarreia e morte).
Se um pássaro com doença transmissível ingerir as próprias fezes, fica reinfestado e a doença reinicia o ciclo, enfraquecendo-o mais. Para evitar fezes na comida, o comedouro nunca deve ser posto abaixo dos poleiros (frutas podem ser penduradas acima do poleiro mais alto).
Para o pássaro não derrubar comida enquanto come (por exemplo, não deixar cair grãos ao selecionar os maiores), não encha demais o comedouro, retire os restos como cascas sem sementes, que formam volume desnecessário, ou use comedouro com tampa vazada (só passa a cabeça).
A bandeja com fezes deve ficar distante do piso de grade, para a ave não alcançá-la.
VI. Cuidados a Calopsita
Deve-se ressaltar a importância sobre o uso de medicamentos e procedimentos técnicos sobre as aves. É necessário que os criadores sempre procurarem por especialistas no assunto, neste caso o Veterinário(a) especialista em aves, para diagnosticar quaisquer problemas observados em suas aves.
Gostou da matéria? Leia também Como amansar calopsitas.
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Por Silvana Teixeira.
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Comentários
Luiz Henrique sabino
7 de set. de 2023EXCELENTE E INSTRUTIVA, MATERIA, ESTOU CCOMEÇANDO UMA PEQUENA CRIAÇÃO DE CALOPSITA E ME AJUDOU MUITO. OBRIGADO
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8 de set. de 2023Olá, Luiz Henrique Sabino! Tudo bem?
Agradeço sua visita em nosso site!
Ficamos felizes por ter gostado do nosso conteúdo!
Abraço!
Equipe CPT
LUDIMAR BEGNINI
14 de mar. de 2023Comprei muita fita do CPT.EXISTEM LIVROS OU OUTROS MEIOS SOBRE AS CRIAÇÕES QUE NÃO SEJAM ELETRONICOS?
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9 de nov. de 2023Olá, Ludimar Begnini! Como vai?
Verifiquei no meu sistema que um consultor da empresa já fez contato com você, passando informações sobre a área desejada.
Se preferir, pode nos enviar uma mensagem através do WhatsApp (31)99294-0024.
Agradeço seu contato e precisando estamos à disposição.
Abraço!!
Equipe CPT
Izomar Severino dos santos
14 de jan. de 2023Excelente matéria
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17 de jan. de 2023Olá, Izomar! Como vai?
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PEDRO DE MORAES VICTOR JUNIOR
27 de dez. de 2022Muito boa a matéria, gostei
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27 de dez. de 2022Olá, Pedro! Tudo bem?
Agradeço sua visita em nosso site!
Fico feliz por ter gostado do nosso conteúdo!
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Romula Marques
27 de jan. de 2022Eu queria saber se quantas fêmeas de calopsita devo colocar com o macho para chocar
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4 de fev. de 2022Olá, Romula! Tudo bem?
Agraço sua visita em nosso site!
O indicado é até três fêmeas por um macho. Mas, cada fêmea deve estar em uma gaiola separada.
Mesmo assim, recomendo que consulte um profissional na área.
Forte abraço!
Lorena
miriam
5 de dez. de 2021Preciso de ajuda para criar minhas calopsitas, este texto ajudou muito..
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14 de jan. de 2022Olá, Miriam! Tudo bem?
Agradecemos por sua visita em nosso site! :0
Ficamos felizes em poder ajudá-la.
Abraços!
Lorena
Ivete Aparecida Pupin
26 de nov. de 2021Gostaria de saber até que idade uma calopsita põe ovos, a minha tem 6 anos é sozinha mas se deixar bota o ano todo. Gostaria de saber com qual idade não vai mais botar?
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2 de dez. de 2021Olá, Ivete! Tudo bem com você?
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O correto é você entrar em contato com um veterinário especialista em aves para que ele te auxilie da forma correta. Abraço!
Karina Theodoro
Heloá de carvalho dos santos
6 de nov. de 2021Ameiiii
Paulo Siqueira
2 de nov. de 2021Muito proveitoso esse texto...muito obrigado
Meirilandia da silva
26 de out. de 2021Minha calopsita coloca muitos ovos sempre sai 2filhotes só não sobrevive já morreu mas de cinco agora esse semana saírem 2 aínda seis ovos hoje de manhã estava vivo agora fui lá ver estavam mortos não tem penas só pelinhos não sei o que fazer já era terceira vez fico triste sempre coloca 8ovos
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22 de dez. de 2021Olá, Meirilandia! Como vai?
Agradecemos sua visita em nosso site!
Nesse caso, é importante que você procure um Médico Veterinário Especialista em Aves, para que ele possa analisar sua calopsita e identificar possíveis problemas que causam isso.
Atenciosamente,
Lorena Tolomelli.