Uma das características do cafeeiro em uma lavoura superadensada é a perda da saia. Esta característica de copa traz implicações bastante variadas com respeito às práticas de manejo do cafezal. Isto porque dificulta a ocorrência de algumas pragas e doenças, mas facilita a ocorrência de outras.
Com relação a doenças, três exemplos se destacam: a phoma e a cercóspora são favorecidas pela maior umidade sob a copa dos cafeeiros. Enquanto a ferrugem, que é a principal praga do cafeeiro, se por um lado tem sua proliferação favorecida pelo aumento da umidade, por outro, seus danos não são tão sentidos, porque a desfolha na saia do cafeeiro na lavoura de alta densidade já é naturalmente muito intensa.
Quanto às pragas, algumas delas também apresentam comportamentos diversos em relação à lavoura tradicional. O bicho-mineiro não encontra ambiente favorável para sua proliferação, pois ele precisa de temperatura alta e baixa umidade. Já a broca é analisada por técnicos e cafeicultores de uma forma polêmica.
Por um lado, alega-se que com a lavoura mais fechada, a colheita fica mais difícil, sobrando mais frutos nos cafeeiros, o que garante a sobrevivência da broca na entressafra e, em consequência aumenta sua incidência na safra seguinte. Por outro lado, afirma-se que nas lavouras tradicionais o gradiente de temperatura e umidade é muito grande ao longo do dia de maneira que o grão incha quando umedecido e seca sob o sol, o que causa rompimento de tecidos facilitando a entrada de patógenos e, também, a broca. No caso da lavoura de café superadensada, este gradiente de temperatura e umidade é menor.
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Por Andréa Oliveira.
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Comentários
Matheus henrique
20 de mai. de 2021Tenho interesse no cursk
Resposta do Portal Cursos CPT
28 de mai. de 2021Olá, Matheus
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