Em uma aula dialógica, o professor busca como ponto de partida da abordagem a experiência dos alunos em relação ao tema proposto. “O professor conversa com seus alunos, fazendo indagações nas quais ele direciona os alunos para que consigam chegar às respostas necessárias para que os conceitos se interliguem, propiciando a aprendizagem”, afirma Per Christian Braathen, professor do Curso a Distancia CPT Metodologias para Aprendizagem Ativa.
Ao mesmo tempo, em meio às perguntas que faz e às respostas obtidas dos alunos, o professor adiciona elementos que facilitem a conexão dos conceitos apresentados. Dois elementos se destacam no desencadeamento do processo dediálogo: a problematização e a pergunta.
Problematização
A problematização é o processo pelo qual os alunos são estimulados a levantar problemas e a buscar solução para eles, considerando as mais variadas formas, estratégias e implicações. Ao estimular seus alunos a levantarem problemas e a buscarem soluções, o professor está, na verdade, estimulando um exercício conjunto que leva à reelaboração e à produção de conhecimentos.
No processo de problematização, o aluno será estimulado a questionar situações, fatos, fenômenos, ideias e conceitos, a partir dos quais poderá chegar a compreensão do problema em si, das suas implicações e dos possíveis caminhos para a sua solução. Ao usar essa estratégia, o professor trabalha contra a postura passiva dos alunos, deixando de trabalhar para que aconteça a simples memorização dos conceitos.
Pergunta
A pergunta, como base da aula dialógica, é o ponto de partida para a aprendizagem. Inicialmente, perguntas feitas pelo professor. Depois, múltiplos questionamentos feitos pelos próprios alunos, estabelecendo-se, aí, o processo dialógico. A base da aula dialógica está nas perguntas feitas pelos alunos. A indagação deve ser vista como o ponto de partida para a produção inicial de um conhecimento e, depois, sua reelaboração, considerando a estratégia de trabalhar com a problematização.
Em uma aula expositiva tradicional, a pergunta praticamente não tem lugar. Geralmente, o professor reserva alguns minutos, ao final da explanação, para que os alunos possam sanar suas dúvidas. Sob um olhar crítico, poderíamos dizer que nesse tipo de aula o professor apresenta um monte de respostas sem que ninguém tenha lhe perguntado nada, o que significa que a vontade de aprender não foi expressa pelo aluno. Por isso, as perguntas dos alunos nunca podem ser encaradas como “sem sentido” ou “fora de propósito”.
Qualquer reação do professor que não seja construtiva tende a inibir os alunos e bloquear suas experiências, dependendo do tipo de questionamento apresentado. É preciso sempre receber as perguntas de forma positiva, dando-lhes um sentido construtivo sempre que necessário. Ao perceber uma pergunta mal formulada, despropositada ou ingênua, o professor deve ajudar o aluno a reformular a indagação, atitude que ajuda o aluno a aprender a perguntar.
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
- Professor: aprenda a manter o controle na aula dialógica
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Por Silvana Teixeira.
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