A peritonite infecciosa felina é causada pelos vírus FCo V-1 e FCo V-2 (coronavírus felino) e considerada uma doença sistêmica grave, com alta mortalidade de gatos. A multiplicação do vírus é considerável, o que compromete o sistema imunológico do animal. Como consequência, surge uma forte inflamação dos vasos sanguíneos do bichano.
Na forma efusiva da doença, ocorre acúmulo de líquidos na pleura e no peritônio (daí o nome da doença). Já na forma não efusiva surgem lesões piogranulomatosas em órgãos muito vascularizados. A PIF pode acometer até mesmo os olhos e os órgãos do Sistema Nervoso Central do felino.
Em gatas gestantes, a PIF pode causar doença neonatal ou morte fetal. Existem linhagens de gatos mais vulneráveis à peritonite infecciosa felina. Gatinhos com 3 meses a 3 anos de vida são os mais afetados pela doença. Entretanto, a PIF também pode acometer gatos idosos (com mais de 10 anos de vida).
Transmissão
A transmissão da peritonite infecciosa felina ocorre de forma transplacentária e pelo contato do gato sadio com animais doentes e fezes contaminadas.
Sintomas
Os principais sintomas da peritonite infecciosa felina são: anorexia, apatia, aumento gradual do abdome, icterícia (amarelamento da pele e do branco dos olhos), letargia, crescimento retardado, febre, perda de peso, pelagem opaca e áspera e sinais neurológicos.
Tratamento
Não existe tratamento próprio e eficaz para a doença. Na forma efusiva da PIF, pode ser realizada a drenagem do líquido do abdome (abdominocentese) e/ou drenagem do líquido do tórax (toracocentese) para a melhora clínica do felino. Os medicamentos não conseguem controlar a febre.
Também pode ser realizada a fluidoterapia. Sem falar dos cuidados com a alimentação, mesmo que por sonda esofágica ou nasogástrica. As infecções e lesões secundárias devem ser tratadas. Embora o uso de imunossupressores ou imunomoduladores seja controverso, alguns médicos veterinários prescrevem esses medicamentos.
Prevenção
Para prevenir a peritonite infecciosa felina, o tutor deve manter o bichano em casa, para evitar o seu contato com animais de rua e fezes contaminadas pelos vírus FCo V-1 e FCo V-2. Sem falar da limpeza e desinfecção do ambiente onde o gato vive. Também é importante oferecer ao bichano uma dieta balanceada e rica em nutrientes, que fortaleça a imunidade do animal.
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Fonte: petlove.com.br
Por Andréa Oliveira
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