A estimativa de quanto os animais estão consumindo no módulo de produção é um dos dados de maior valor que podem ser calculados para o gerenciamento da alimentação.
“Saber o que a pastagem está produzindo é de grande valia para o manejo da pastagem, mas verificar o quanto da forragem produzida é efetivamente consumida pelos animais é também muito importante”, afirma Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor do Curso CPT Pastoreio de Lotação Rotacionada para Gado de Leite e Corte.
O consumo diário de matéria seca é a medida mais importante para que se possa fazer inferências a respeito do alimento e da resposta animal. Muitas vezes, a pastagem está bem manejada, mas outros fatores podem comprometer o desempenho do rebanho.
Por outro lado, um manejo da pastagem mal feito poderá ser facilmente percebido pela análise da estimativa do consumo e o monitoramento do desempenho animal.
Para calcular o consumo de forragem, um parâmetro de grande valia é a medição do resíduo pós-pastejo, ou seja, a medição da quantidade de forragem que fica no piquete, depois da saída dos animais, ao final do período de ocupação.
A quantidade de forragem encontrada no piquete antes da entrada dos animais, ou seja, ao final do período de descanso, vai indicar a oferta de forragem. A quantidade de forragem medida depois da saída dos animais indica o que sobrou após o pastejo.
A diferença entre o que havia antes do pastejo e o que foi encontrado depois é um dado que indica o que foi consumido pelos animais.
Esse cálculo do resíduo pós-pastejo deve ser feito, visando determinar também a densidade de forragem pós-pastejo, para poder medir o consumo de forma indireta no futuro e para calcular o consumo de forragem em quilos de matéria seca por animal, de forma que se possa verificar se o nível de consumo é adequado.
Será possível calcular, ainda, a eficiência do pastejo, ou seja, o percentual da forragem consumida em relação ao total disponível.
Todos esses dados permitem perceber se o manejo está sendo bem feito e indicam eventuais correções necessárias, sempre considerando o objetivo de alcançar alto desempenho animal e, ao mesmo tempo, não permitir que ocorra superpastejo ou subpastejo, que são prejudiciais ao pasto.
Esses dados também podem ser usados no planejamento alimentar para fazer correções de manejo imediatas, no médio e no longo prazo, ou seja, o monitoramento do consumo animal auxilia as decisões de curto prazo, ao mesmo tempo em que fornece subsídios para o planejamento tático e estratégico, no contexto do planejamento alimentar.
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Por Silvana Teixeira.
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