Aditivos nutricionais para vacas prenhes? Quais são eles?

Se você é criador de vacas leiteiras e precisa melhorar o desempenho produtivo de seu rebanho, tenho uma dica que vai salvar a sua produção: aditivos nutricionais.

Isso mesmo. Os aditivos nutricionais são ingredientes adicionados em pequenas quantidades na dieta total dos bovinos, com a finalidade de otimizar o desempenho animal, explica Pedro Henrique de Araújo Carvalho, professor do Curso CPT Estratégias de Alimentação para Vacas em Pré-parto e Lactação.

Essa otimização pode se dar através de:

- Melhora da saúde, especialmente rumenal.
- Facilitar o processo de confecção do alimento.
- Melhora do desempenho animal.
- Aumento da palatabilidade dos alimentos, favorecendo a aceitação do alimento.
- Redução da incidência de doenças.
- Aumento da produção de leite.

Para animais que ainda não possuem dieta ajustada, acrescentar aditivos na alimentação não trará resultados satisfatórios em razão da sua dificuldade de utilização e também do seu custo elevado.

É importante frisar que os aditivos não resolvem problemas nutricionais, apenas melhoram o que já está bom, extraindo o máximo do potencial animal. Mas, afinal, quais são esses aditivos? Pois, bem, vamos a eles:

1) Tamponantes
Substâncias capazes de controlar o pH, uma vez que a alta taxa de fermentação aumenta a quantidade de ácidos graxos, reduzindo o Ph.

Bicarbonato
- Tamponante que possibilita maior controle do pH rumenal e da concentração de gordura no leite.
- Vantagens: baixo custo e fácil utilização.
- Muitas vezes já são inseridos no próprio núcleo mineral, o que facilita ainda mais a utilização.
- A inserção deve ser de 0,8 a 1% com base na matéria seca, representando cerca de 150 g a 250 g por animal/dia.

2) Monensina (antibiótico ionóforo)
- Possui ação seletiva sobre bactérias gram-positivas, causando a lise das suas células e levando-as à morte.
- Possibilita o aumento de bactérias gram-negativas, responsáveis por maior produção de ácido propiônico no rúmen. Isso reduz a produção de metano e, consequentemente, aumenta a eficiência de utilização dessas dietas, melhorando a saúde rumenal e levando à maior produção de leite.
- Em animais mais jovens, a sua utilização possui função anticoccidiostática, reduzindo a contaminação e incidência de outras enfermidades do trato gastrointestinal.

3) Óleos essenciais
- Por causa de proibições de uso da monensina em alguns países, têm surgido algumas alternativas para realizar a mesma função, como os óleos essenciais que são extratos de diferentes tipos de plantas, como pimenta, canela, orégano e cravo da índia.
- Essas substâncias causam a melhora do ambiente rumenal, favorecendo a dieta, a eficiência na produção de leite e a saúde rumenal, diminuindo a incidência de doenças.

4) Vitaminas

Biotina

- Melhora a produção de leite, aumentando-a em até 1 kg.
- Melhora a saúde dos cascos e reduz a incidência de enfermidades podais.
- Os resultados são em longo prazo, entre 5 a 8 meses.
- Recomendação de dosagem: até 20 mg por animal/dia.

Colina e niacina

- Produzidas pela flora microbiana.
- Quando adicionadas nas dietas, possuem efeito positivo, principalmente nos bovinos em períodos de transição do pós-parto imediato, os quais apresentam-se com balanço energético negativo.
- Aumentam a quantidade de VLDL (lipoproteína de baixa densidade), melhorando a saúde e diminuindo a incidência das enfermidades.
- A niacina, quando incluída em 12 mg por animal no pós-parto, apresenta efeitos positivos na saúde rumenal e consequentemente na produção de leite.

Gostou das nossas dicas? Leia a(s) matéria(s) abaixo e aprenda mais sobre o assunto:

- Lipídios na alimentação de vacas em lactação. Sim ou não? Muito ou pouco?

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Por Silvana Teixeira.