Há muito tempo, o bicudo do algodoeiro infesta plantações de algodão em várias regiões do Brasil. Outra terrível praga das lavouras de algodão brasileiras é o microscópico ácaro, mais especificamente o ácaro rajado, o ácaro vermelho e o ácaro branco. Estas são apenas algumas das mais de 1300 espécies de pragas agrícolas, que destroem cultivos e são o pior pesadelo dos produtores de algodão.
Felizmente, com os avanços tecnológicos no manejo de pragas, a maioria dos insetos são exterminados efetivamente. Entretanto, a prescrição de acaricidas e demais agroquímicos deve partir do engenheiro agrônomo, profissional qualificado para esse fim.
1. Bicudo do algodoeiro
O bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis) é a principal praga do algodão, em especial em sua fase de larva. Após eclodirem, dentro dos botões e das maçãs do algodoeiro, as larvas se desenvolvem e se alimentam de tecidos vegetais. Na fase adulta, a praga se oculta nas brácteas do algodão. Quando na cultura, surgem botões florais abertos com perfurações escuras. Por fim, há queda do botão floral e as flores têm dificuldade de abrir.
Medidas de controle
Plantar iscas é uma das mais eficientes medidas de controle do bicudo do algodoeiro. A principal razão é porque a isca atrai e mata a praga antes de se plantar o algodão. Outro mecanismo interessante é o tubo mata-bicudo posicionado nas bordas da plantação. O controle químico com pulverização pode ser necessário, essencialmente quando a população da praga apresenta aumento. Os inseticidas devem ser seletivos e prescritos por engenheiro agrônomo.
Para minimizar o impacto do bicudo do algodoeiro, uma alternativa é destruir as soqueiras do algodão. Além disso, a antecipação do preparo do solo (40 dias ou mais) remove a praga que restou, pois a deixa desprotegida de inimigos naturais.
2. Ácaros
Os ácaros têm infestado cada vez mais algodoeiros durante veranicos e em regiões com probabilidade de acontecer essa condição climática específica. O ácaro rajado (Tetranychus urticae) constrói colônias, na face inferior das folhas do algodão, e forma uma espécie de teia, contra o ataque de predadores. Quando atacam a lavoura, surgem manchas avermelhadas e necróticas na face superior das folhas. Com o avanço, ocorre a desfolha do algodoeiro.
O mesmo vale para o ácaro vermelho (Tetranychus ludeni), com danos semelhantes ao ácaro rajado, até mesmo a capacidade de fazer uma teia para se proteger. Já o ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus), embora também se localize na face inferior das folhas, prefere as folhas novas do ponteiro. Uma de suas habilidades é infestar plantações de algodão adensadas. Quando na lavoura, as folhas superiores ganham o aspecto vítreo.
Medidas de controle
Os melhores métodos de controle são inseticidas-acaricidas ou acaricidas específicos recomendados por engenheiros agrônomos. Mesmo porque a dosagem adequada deve ser prescrita por profissional qualificado. Sem falar das orientações quanto ao uso de EPI - Equipamentos de Proteção Individual, já que se trata de produtos tóxicos.
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Fonte: Lavoura 10 - blog.aegro.com.br
Por Andréa Oliveira.
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