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Desafio: retirar os 'gargalos' que dificultam as atividades e a competitividade do campo

Todo empreendedor, pequeno ou grande, sabe que planejamento é essencial em qualquer atividade

Prof. Nelson Fernandes Maciel, Diretor-Presidente do Grupo CPT.

 

Prof. Nelson
Fernandes Maciel
Diretor-Presidente do CPT

Todo empreendedor, pequeno ou grande, sabe que planejamento é essencial em qualquer atividade, mas são as reações aos fatos novos e o atendimento aos interesses do seu público alvo (mercado), que mantêm o seu negócio, trazem bons resultados e o credenciam a tornar-se um empreendimento estável, lucrativo e duradouro. Por exemplo: ao abrir uma loja de produtos esportivos, normalmente, dentro de um planejamento, várias opções de equipamentos e acessórios são oferecidas.

Entretanto, rapidamente, torna-se claro o interesse do seu público, demonstrando preferência por alguns produtos, em detrimento de outros.

Nesse momento, entram as ações de mudanças, em que atenção e grande esforço são concentrados nesses produtos de maior demanda, ampliando-se as opções, facilitando e incentivando, de todas as formas, as vendas, e atendendo com maior competência o consumidor. Adaptando-se às exigências de seu público, você aumentará as possibilidades de sucesso do seu empreendimento.

Atuar contra a demanda e agir contra as tendências indica total desconhecimento das normas básicas que regem o mundo empresarial. Transfira, agora, estes conceitos para a administração do nosso País.

Analisando os diversos segmentos que compõem a economia brasileira podemos observar que existe uma estagnação no meio urbano e um vigoroso crescimento no campo.

O agronegócio movimenta perto de 500 bilhões de reais por ano, 1/3 do PIB; gera 18 milhões de empregos, 37% do total nacional, e rende 30 bilhões de dólares em exportação, 42% do total exportado. O Brasil tornou-se líder mundial na exportação de laranjas, açúcar, café, tabaco, e recentemente, de soja, carne de frango e bovina.

O Brasil tornou-se líder mundial na exportação de laranjas, açúcar, café, tabaco, e recentemente, de soja, carne de frango e bovina.

O Brasil tornou-se líder mundial na exportação de laranjas, açúcar, café, tabaco, e recentemente, de soja, carne de frango e bovina.

Em 2003, o segmento rural cresceu 5%, enquanto o restante da economia encolheu 0,2%. Isto fez com que o nosso agronegócio fosse observado com surpresa e admiração pelos países mais desenvolvidos.

Segundo a UNTAD, Órgão das Nações Unidas, caso o Brasil mantenha este ritmo acelerado de desenvolvimento, será o maior produtor de alimentos do planeta, em poucos anos.

Ora, não é necessário dizer mais nada; este é o segmento para o qual todas as atenções devem estar voltadas e onde todos os esforços devem ser concentrados para que se desatem as "amarras" que atrapalham o seu desenvolvimento. 

Entretanto, isto não parece claro para os nossos governantes, pois, além de não apoiar com necessário vigor, assistem, inertes, a um movimento bastante ruidoso que tenta desarticular todo este sistema que está dando certo.

A falta de infraestrutura para o transporte e distribuição dos produtos, o direito de propriedade e reforma agrária, a pequena capacidade de armazenagem de grãos na propriedade, a grande área territorial destinada a pouquíssimos índios aldeados são alguns dos problemas que afetam o desenvolvimento do agronegócio.

Vamos refletir sobre as duas primeiras questões que são emergenciais.

Grande parte dos empresários rurais já são eficientes dentro de suas fazendas, mas, no momento de transportar e distribuir sua produção, entra em cena o que é denominado "Custo Brasil".

Faltam meios de transportes mais econômicos, como ferrovias e hidrovias; as estradas existentes são precárias e mal cuidadas, e, ainda, para completar, falta capacidade nos portos onde há total desorganização comandada por sindicatos de funcionários públicos, que tornam o embarque e o desembarque os mais lentos e caros do mundo. Em época de safra, um navio de soja chega a demorar 30 dias para ser carregado, causando filas de até 100 km de caminhões e prejuízos estimados em um bilhão de dólares, como ocorreu na última safra.

Outro fato que vem ocasionando grandes incertezas e prejuízos ao agronegócio é o MST. Ninguém, em sã consciência, é contra a reforma agrária, entretanto, ficou estabelecido, na Constituição Brasileira, que só podem ser desapropriadas, para esta finalidade, terras improdutivas. Ora, com o elevado nível de desenvolvimento, é quase impossível encontrar terra improdutiva. O MST passou, então, a ocupar terras produtivas e, segundo a coordenação do Movimento, é para pressionar o INCRA a acelerar o processo de reforma.

Portanto, o movimento tornou-se fora-da-lei, agindo acima das instituições, assustando investidores, gerando incertezas, opondo-se ao desenvolvimento e à criação de novos empregos no setor.

O Governo Federal tem uma grande parcela de culpa neste processo, pois permanece quieto, e muitos de seus integrantes apóiam o modelo agrícola e o procedimento do MST.

Felizmente, as decisões judiciais para a desocupação e seu cumprimento estão cada vez mais ágeis, perdendo a timidez e o receio de tempos atrás, inclusive obrigando o Estado a indenizar os fazendeiros e empresas que tiveram prejuízos com as invasões.

Agora, o problema não é só dos proprietários rurais, é de todos, pois não é justo que nós, cidadãos contribuintes, arquemos com as atitudes, à margem-da-lei, do movimento. Isto nos autoriza a questionar todo o processo.

Por que os "Sem -Terra" têm total prioridade sobre aqueles que nasceram no campo, filhos de produtores, donos de pequenas terras? Por que não incentivamos estes que já estão lá, sobrevivendo com dificuldade, sem financiamentos, sem as cestas básicas distribuídas pelo Governo e sem assistência técnica?

A reforma agrária deve passar, antes de tudo, pela reforma dos "Com - Terra".

Certamente, eles poderão, com muito mais facilidade, com menores custos, praticar a real agricultura familiar, com maior possibilidade de se desenvolver, de gerar renda e empregos, ajudando a retirar das fileiras do MST aqueles que nunca pisaram no campo, e estão ali, procurando emprego e cestas básicas.

Enfim, como em qualquer empreendimento, é preciso atuar a favor da demanda, agir em prol das tendências, concentrar atenção e esforços para resolver os "gargalos" que colocam em risco o crescimento e a perenidade do maior negócio do Brasil: o agronegócio.

Esta é a minha opinião.

 

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