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No que diz respeito ao hífen, é mais conveniente não fazer um estudo comparativo com as regras anteriores, já que poucas pessoas tinham conhecimento delas. É mais proveitoso aprender simplesmente como será daqui para frente.
Separam-se por hífen os vocábulos compostos formados pela justaposição, sem nenhum elemento de ligação, de duas palavras já existentes na língua, as quais, deixando de parte seu significado original, passam a constituir uma nova unidade significativa. Os elementos constitutivos desses compostos podem ser de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, e o primeiro elemento pode ser reduzido.
Exemplos do Acordo Ortográfico: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia (variedade de ameixa), tenente, coronel, tio-avô, turma-piloto, alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano, afro-asiático.
Observação 1:
Incluem-se nesta regra as palavras de origem onomatopeica, como zás-trás, zum-zum, reco-reco, blá-blá-blá.
Observação 2:
Há casos, porém, em que, apesar da presença de dois elementos componentes, os falantes perderam a noção da composição e, em consequência, passaram a tratar tais palavras como se fossem vocábulos simples. Nesse caso, os elementos deixam de ser ligados por hífen.
Exemplos do Acordo Ortográfico: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista.
Comentário:
Será muito difícil alguém decidir, em alguns casos, se se mantém ou não a noção de composição. Isso parece muito subjetivo. Em caso de dúvida, será sempre bom consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Mas é bom saber que também se devem registrar sem hífen os vocábulos derivados dos compostos citados acima, como girassolzinho, mandachuvismo, pontapear, paraquedismo, paraquedístico.
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