Própolis ajuda a combater bactérias na fermentação de etanol

A fermentação do caldo de cana pode ser mais eficiente com o uso do própolis.

Atualmente, a prática mais comum para se evitar a contaminação bacteriana durante a fermentação alcoólica é a aplicação de antibióticos. Porém, este processo costuma deixar resíduos que atacam as leveduras e são repassados no produto final. Uma pesquisa realizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq), explica que, o extrato de própolis, resina produzida pelas abelhas, pode ser usado no controle das bactérias que contaminam a produção de álcool.

Os processos industriais e artesanais utilizados no Brasil, em sua maioria, reaproveitam o fermento em ciclos consecutivos e utilizam as sobras da produção de cachaça como ingredientes de ração animal, como ensina o Curso Produção de Álcool Combustível na Fazenda, desenvolvido pelo CPT- Centro de Produções Técnicas. Essas práticas tornam o processo mais produtivo mas prolongam o tempo da fermentação, o que favorece a multiplicação das bactérias.

A pesquisa da Esalq foi feita utilizando o própolis sobre as bactérias do gênero Lactobacillus fermentum e Bacillus subtillis, dois dos contaminantes mais comuns da fermentação alcoólica. A pesquisadora Ellen Karine Diniz afirma que procurou-se diminuir os prejuízos causados pela contaminação bacteriana durante o processo de fermentação e um antimicrobiano que não afetasse as leveduras.

De acordo com os resultados da pesquisa, o extrato de própolis ainda não mostrou os mesmos resultados do antimicrobiano comercial. Ele proporcionou uma redução de contaminação de 54,24% e 67,02% para Lactobacillus e Bacillus, respectivamente. Mas estes números indicam um avanço no sentido de um procedimento mais econômico e natural na fermentação alcoólica.

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