Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) isolou um gene do café que é resistente à seca. De acordo com os pesquisadores, o gene confere tolerância prolongada à estiagem, ficando até 40 dias sem água, enquanto as comuns resistem no máximo a 15 dias. Agora estão sendo testadas variedades de outras culturas de utilidade comercial, como a soja, o milho, a cana-de-açúcar, o trigo e o arroz.
Desde 2007, mais de 100 pesquisadores começaram a isolar os mais de 30 mil genes do café, destacando as características determinadas por eles. No início, as pesquisas com o gene resistente à seca foram feitas apenas em regiões do país que sofrem com a falta de chuva. A produção do semiárido, por exemplo, já teve perda este ano de 80% da safra por causa da seca.
Os resultados finais da pesquisa, com todas as variedades testadas, devem sair no final do próximo ano. Os pesquisadores estão otimistas, pois o uso de genes modificados de uma espécie para outra pode trazer efeitos bastante positivos, mantendo ou aumentando a produtividade durante o período de estiagem.
Além disso, eles acreditam que as culturas devem requerer uma menor quantidade de água, reduzindo o impacto ambiental. Isso é importante, tendo em vista que a atividade agrícola é responsável por 70% do consumo de água doce no planeta. O custo disso para a natureza e para os consumidores acaba sendo muito alto.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: Agência Brasil.
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