Um novo método de castração bovina chega ao mercado e promete ser bem mais eficiente e reduzir bastante os problemas após o procedimento. A castração imunológica é uma vacina injetada no cérebro do animal e inibe a formação de testosterona, hormônio responsável pela indução da produção dos gametas.
A castração é um recurso utilizado para aumentar a qualidade da carne bovina, já que os hormônios reprodutivos alteram o sabor. No entanto, apesar de melhorar o preço da venda do animal, exige atenção. Mesmo uma castração bem feita pode desenvolver problemas pós-cirúrgicos, como infecções e até a morte. Enquanto o método tradicional causa complicações em 14,8% dos casos, na imunológica, esse número cai para 0,3%.
De acordo com o fabricante, a grande vantagem é o bem-estar do animal, grande preocupação da pecuária bovina atualmente. Isso porque, durante a recuperação da castração comum, ele sente dor, para de se alimentar e perde peso. Só depois de muito tempo, ele volta a comer e a ganhar peso. Assim, com a castração imunológica, o ciclo de engorda do animal não é interrompido.
Além disso, apesar da castração imunológica ser um pouco mais cara do que a cirúrgica, ela economiza bastante em anti-inflamatórios, antibióticos e bandagens. No método convencional, o animal precisa de um tempo de repouso no curral. No novo método, ele é vacinado e logo pode ir para o pasto.
Como toda vacina, a castração imunológica precisa de cuidados, como correta conservação do medicamento e aplicação em animais saudáveis. A aplicação é razoavelmente simples: no gado em confinamento, ela é feita em duas doses a cada 30 dias; já no gado a pasto, é feita também em duas doses, mas com prazo de 90 dias. É recomendado fazer a castração por volta dos quatro a cinco meses de idade.
Por: Maria Clara Corsino.
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