O Amazonas já foi o maior produtor de guaraná do país. Mas, a planta nativa da floresta começou a sucumbir à diversas doenças, como, por exemplo, a antracnose, que reduziu bastante a produtividade do estado. Depois de mais de 36 anos de pesquisa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) conseguiu desenvolver cultivares do fruto resistentes às doenças.
Segundo o agrônomo da Embrapa José Clério Rezende, a antracnose e o superbrotamento são as principais doenças que atacam o guaranazeiro. A primeira deixa as folhas ressecadas, o que pode matar a planta. Com a segunda, ao invés de nascer apenas um ramo, crescem vários, que não produzem folhas e nem dão frutos.
As últimas cultivares de guaraná desenvolvidas pela Embrapa foram lançadas no ano passado, mas estão dando fruto somente agora. A BRS Cereçaporanga, a BRS Mudurucânia, a BRS Luzéia e a BRS Andir, além de resistentes às principais pragas, também estão frutificando dois anos antes do previsto para a cultura.
Outra informação, de grande importância, é que as novas cultivares possuem maior teor de cafeína (4% contra 3 a 3,5% em outras cultivares). Agora, o Amazonas pretende voltar a produzir guaraná como antigamente. O estado já chegou a produzir mais de duas mil toneladas por ano, mas hoje só colhe 800 toneladas.
Por enquanto, as variedades desenvolvidas pela Embrapa estão sendo usadas por alguns produtores da região, nos municípios de Presidente Figueiredo e Itacoatiara. As plantações estão tendo bons resultados, apresentando uma produtividade de 400 a 500 quilos por hectare, que com outras variedades é em torno de 200 quilos por hectare.
Fonte: Embrapa.
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