A FuturaGene, empresa de origem israelense, pertencente à brasileira Suzano Papel e Celulose, desenvolveu uma nova variedade de eucalipto transgênico com cerca de 20% a mais de celulose. Assim, a planta seria ideal para o processamento industrial, na confecção de papel e fibra celulósica, além de bioenergia e biocombustíveis.
Na pesquisa, espécies comuns de eucalipto receberam o gene da Arabidopsis thaliana, planta-modelo muito utilizada em experimentos genéticos. Os testes tiveram início em julho de 2010, numa fazenda no município de Angatuba, São Paulo.
O gene introduzido no eucalipto é responsável pela codificação das endoglucanases, enzimas específicas que atuam na formação química da celulose. A alteração genética faz com que as enzimas produzam mais celulose, que se acumula na parede celular das plantas, resultando num maior volume de madeira.
Deste modo, a planta transgênica possui maior produtividade e um crescimento mais rápido, o que confere uma redução nos custos e lucros maiores e mais rápidos. Enquanto as variedades comuns produzem cerca de 45 metros cúbicos por hectare, a geneticamente modificada rende cerca de 30% a 45% a mais.
A empresa ainda irá testar os efeitos das alterações genéticas na planta e sua inserção no meio ambiente. Depois disso, ainda será preciso passar pela análise da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela avaliação de produtos transgênicos no país.
Fonte: Agência Fapesp.
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