A economista doméstica Edinéia Dotti Mooz, aluna do programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), analisou a oferta e o consumo de orgânicos pelas famílias brasileiras. O objetivo do trabalho foi estudar o comportamento da população em relação a este tipo de alimento, acompanhando as mudanças ocorridas nos últimos anos, de modo a orientar políticas públicas e a produção agrícola.
O estudo foi feito com base nos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de maio de 2008 a maio de 2009. Foi considerada uma amostra de 55.970 mil famílias, localizadas nas áreas urbanas e rurais em todo o país. Assim, foram analisados a disponibilidade dos alimentos orgânicos nos domicílios, de acordo com a renda familiar, os estados da federação e a contribuição dos alimentos para a nutrição dos indivíduos.
Segundo a pesquisa, a renda é um fator importante na aquisição de alimentos orgânicos. Foi observado que as famílias das áreas rurais das regiões Sul e Centro-Oeste possuem maior acesso aos orgânicos, enquanto a disponibilidade é menor entre as famílias rurais do Norte e Nordeste. A região Sul também se destaca no consumo de produtos lácteos orgânicos e o Centro-Oeste no de carnes.
A pesquisa também mostrou que a disponibilidade de orgânicos é maior em famílias menores. Além disso, o consumo também é maior em domicílios liderados por mulheres e entre pessoas com mais de 60 anos.
Ainda assim, de um modo geral, a pesquisa concluiu que o consumo de alimentos orgânicos ainda está abaixo do ideal para a maioria das famílias brasileiras.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: Agência USP.
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