Educação é prioridade para o desenvolvimento do Brasil

Educação foi um dos principais temas discutidos na campanha eleitoral de 2014. O Brasil ainda figura entre as últimas posições nos rankings sobre o tema. O relatório Panorama da Educação, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) aponta que o investimento do Brasil na área está abaixo do esperado. Quando comparado com outros 35 países, o Brasil ocupa o penúltimo lugar da lista sobre o valor do investimento por aluno do ensino fundamental, médio e superior.

Apesar de o cenário ainda ser pouco promissor, segundo o relatório, entre 2005 e 2011, houve um aumento de mais de 50% no gasto por estudante no Brasil. O investimento público brasileiro no setor passou de 3,5% para 5,6% do PIB, entre os anos 2000 e 2010. “Acredito que os números só devam aumentar, já que é essencial focar em educação para que os brasileiros avancem no processo de escolarização e integrem o seleto grupo de mão de obra qualificada”, defende o diretor do Instituto Monitor (escola pioneira em educação a distância no Brasil), Eduardo Alves.

O Instituto Monitor trabalha, principalmente, com o ensino profissionalizante, que é um dos pilares do novo mandato da presidenta eleita, Dilma Rousseff. No plano de governo, cerca de 12 milhões de vagas serão abertas no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). “O ensino técnico deve ser desenvolvido no país para ajudar a  acabar com esse apagão de talentos e, sobretudo, para inserir no mercado de trabalho aqueles que não têm a oportunidade de concluir o ensino superior. Nos últimos cinco anos, o número de matrículas no Instituto Monitor, por exemplo, aumentou 100%”, explica o executivo.

Alves também acredita na educação a distância como ferramenta para a democratização do ensino, pois é capaz de alcançar diferentes classes sociais e regiões do Brasil. “A EaD faz parte do futuro da educação no Brasil. Ela é um dos caminhos para alfabetizar e qualificar os brasileiros situados nos rincões do país”, afirma o diretor. “O desafio não é só ampliar o acesso ao ensino, mas fornecer uma educação de qualidade. Segundo a OCDE, apenas 13% das pessoas com idade entre 25 e 64 anos concluíram o ensino superior no Brasil. Os números refletem diretamente no baixo crescimento do país, é urgente melhorar a qualidade da educação brasileira para que o país continue avançando”, contemporiza Alves.

Segundo o diretor, outro ponto que merece destaque é a necessidade de uma legislação nacional que regulamente a educação a distância. “Hoje, a EaD responde aos Conselhos Estaduais de Educação, o que significa que cada estado determina o alcance da EaD nas diferentes regiões do país. Minas Gerais, por exemplo, não permite a inserção das escolas de educação a distância”, explica Alves, “Não é mais possível fechar os olhos para a expansão da EaD. No entanto, para garantir a qualidade das instituições de ensino é preciso fiscalização e uma diretriz nacional que delimite os requisitos necessários para um ensino de qualidade”, conclui o diretor.

Nos próximos quatro anos, programas como o FIES (Financiamento Estudantil) e o ProUni (Programa Universidade para Todos) devem ser ampliados. O Governo Federal também pretende conceder mais de 100 mil bolsas para o programa Ciências Sem Fronteiras. A educação a distância está contemplada no programa Universidade Aberta do Brasil, que investe na formação de professores em diferentes partes do país. “As escolas privadas colaboram com a evolução do ensino já que o Estado não supre a demanda. Com a soma das forças, poderemos atingir as metas de uma educação mais eficiente e inclusiva”, finaliza Alves.

Fonte: Eduardo Alves/Instituto Monitor.