Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) acreditam que materiais provenientes da produção agrícola podem ser aproveitados para limpar a água de rios. A palha do coco e o bagaço da cana poderiam remover fármacos, pesticidas, corantes, metais e óleo dos mananciais usados para abastecimento.
O projeto tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes). O objetivo é encontrar um material barato e eficiente para a limpeza de rios. Nesse caso, deve-se aproveitar resíduos sem um destino adequado. Sendo assim, além de contribuir para a limpeza das águas, o material ainda vai deixar de poluir o ambiente por si só.
Foi estudado o mesocarpo do coco e o bagaço de cana, porque são materiais abundantes no estado. Os resíduos foram tratados, triturados em liquidificador industrial e acrescentados a estações de tratamento de água para filtragem da mesma. Segundo o coordenador da pesquisa, o professor Joselito Nardy Ribeiro, “o mesocarpo do coco e o bagaço de cana removeram quantidades significativas de alguns poluentes”.
O especialista explica que a técnica é bem viável, pois o material reaproveitado é bem mais barato do que o carvão ativado utilizado nas estações. Por isso, ele vê com otimismo o potencial da palha do coco e do bagaço de cana em se tornarem filtros para as estações de tratamento.
Por ser um método mais barato, o veterinário Francisco Cecílio Viana, professor do curso Tratamento de Água no Meio Rural, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, acredita que essa possa ser uma boa opção para os produtores rurais. Pois, desse modo, eles reaproveitam os próprios rejeitos das fazendas para purificar a água usada na produção e nas residências.
Por: Maria Clara Corsino.
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