A Associação Brasileira dos Produtores de Leite contabilizou quase 4 milhões de trabalhadores nos diversos setores da sua cadeia produtiva. A pesquisa, realizada com os dados de 2010, concluiu que as atividades relacionadas ao leite são responsáveis pelo maior número de empregados do setor privado no Brasil.
A diferença é de 45 a 50% a mais de funcionários que os dois segmentos seguintes, a construção civil e têxtil, respectivamente. O mercado de leite no Brasil aumentou a uma taxa de 4,4% ao ano, nos últimos oito anos. Segundo Jorge Rubez, presidente da Associação, o crescimento vai continuar. “É preciso investir para não sermos surpreendidos pela falta de mão de obra qualificada", completa Rubez.
No mercado leiteiro, as fazendas nacionais tiveram um crescimento de 5% da sua produção em relação a 2009. Com esses índices, o país atingiu a 6ª posição no ranking dos maiores produtores do mundo.
De acordo com o professor Dr. Fermino Deresz, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, o agronegócio brasileiro do leite vem passando por profundas mudanças nestes últimos anos, por causa da abertura da economia brasileira à competição do mercado internacional. “Nesse novo contexto, é aumentada a exigência sobre os produtores nacionais, no sentido de que devam produzir leite em maior volume, com maior regularidade e melhor qualidade”, diz, no curso Produção de Leite a Pasto, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas em parceria com a Embrapa Gado de Leite.
O diretor Rubez ainda destaca que, "apesar do crescimento constante ao longo dos últimos anos, é fundamental que os produtores de leite invistam no aumento da capacidade produtiva. Do contrário, podemos perder mercado para países concorrentes, como Argentina, Nova Zelândia e Austrália”.
Por: Ariádine Morgan
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