Um levantamento realizado pela empresa KPMG International colocou o Brasil em oitavo lugar entre os países que adotam políticas de incentivo à geração de energia renovável. O estudo relacionou outros 22 países onde a geração de energia limpa recebe atenção especial dos governos.
A KPMG considerou que o Brasil possui quatro tipos de energias renováveis, uma a mais do que no último relatório divulgado pela empresa sobre o tema. Para o estudo, foram considerados 12 tipos diferentes de contribuições feitas pelos governos, divididas em 3 categorias: incentivos fiscais, financiamento público e políticas regulatórias.
Além disso, o relatório aborda os modos de produção dos cinco primeiros colocados no ranking e as principais tendências para a produção de energias renováveis no mundo todo. Segundo o documento, 96 países possuem alguma meta ou política de incentivo à geração de energia limpa.
O estudo relacionou algumas das principais políticas adotadas nos países estudados. Entre elas estão a medição líquida de consumo entre fontes próprias de energia renovável e as tradicionais, investimentos, empréstimos e financiamentos, licitações, obrigatoriedade do uso de biodiesel, subsídios e descontos, além de os próprios governos investirem diretamente na produção de energia renovável.
O documento destacou que no Brasil a principal política é voltada para o regime fiscal. As empresas que desejarem investir em energias renováveis podem conseguir descontos e até isenção de impostos. O país ainda conta com linhas de crédito especiais, como as do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Um ponto importante apontado pelo estudo é que, mesmo com a crise econômica, principalmente na Europa, houve uma pequena redução nos investimentos para o setor. No entanto, como as políticas públicas já estavam estabelecidas, os governos continuam a oferecer diversos incentivos à geração de energia renovável.
Por: Maria Clara Corsino.
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