A capacidade de produzir fibra mais resistente será passada de geração para geração.
Pesquisadores norte-americanos desenvolveram uma espécie de bicho-da-seda transgênico, por meio da inserção de genes de aracnídeos, tornando-o capaz de produzir fios mais resistentes e elásticos, comparados aos da teia de aranha. Isso permitirá produzir mais quantidade dessa fibra, que pode ter utilidades variadas.
O professor Alfredo Alcides Goicochea Huertas, no curso Criação do Bicho-da-Seda e Cultura da Amoreira, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, comenta que “atualmente, o mercado mundial para a seda e seus produtos encontra-se em expansão. Além do uso tradicional, vem sendo desenvolvidas novas aplicações para essa fibra nobre, abrindo perspectivas para os exportadores de matérias-primas e produtos acabados do setor. O Brasil tem potencial para aumentar sua produção e, consequentemente, seus ganhos com a exportação.”
No que diz respeito à biomedicina, a nova “teia” será utilizada para fazer compostos usados em suturas e bandagens, a fim de estimular o crescimento do tecido epitelial normal ao invés do tecido cicatrizado. Além disso, pode ser utilizada nas pesquisas com células-tronco, para gerar ossos, cartilagem e estimular a cicatrização dos ligamentos de tendões.
O tecido da seda também terá alterações, uma vez que se tornará mais resistente e leve. Outra vantagem diz respeito à questão ambiental. Por ser produzido apenas com proteína e água, essa é uma fibra ambientalmente correta, pois não usa qualquer tipo de solvente, como no caso das fibras sintéticas.
Segundo o pesquisador Malcolm Fraser Jr., da Universidade de Notre Dame “as crias dos bichos-da-seda terão a mesma capacidade de produzir as fibras com propriedades iguais as da teia de aranha. Assim, basicamente, esse avanço será passado de geração em geração.”
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