Para o presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), José Gomercindo Corrêa da Cunha, em entrevista à Agência Brasil, a exigência da criação de unidades de extração de mel é um dos principais entraves ao crescimento do setor no país. Segundo ele, o produtor não tem como arcar com as despesas de implantação de uma sala para produzir mel.
Esta e outras reivindicações serão apresentadas pelo setor apícola na próxima quarta-feira, dia 26, em Brasília, na reunião da Câmara Setorial do Mel, à representantes do Ministério da Agricultura (MAPA). Eles pedem para que sejam feitas mudanças no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal (Riispoa).
O Riispoa regula a fiscalização de animais de corte, leite, ovo, pescado, caça, mel, cera de abelha e outros produtos derivados. A legislação foi criada há 58 anos e passa por um momento de atualização. Cunha afirma que o novo regulamento pode prejudicar os apicultores por conter exigências excessivas, que superam as dos países europeus e a de outros países que fornecem para a Europa.
A assessoria do MAPA, procurada pela Agência Brasil, informou que o regulamento passará por uma atualização que atenda normas técnica e jurídicas. No entanto, nenhuma alteração foi feita ainda, pois o ministério informou que pretende esperar o término da discussão sobre o tema para se manifestar.
O Brasil possui atualmente 350 mil apicultores, a maioria deles (90%) está ligada à agricultura familiar. Juntos eles produzem cerca de 60 mil toneladas de mel e exportam em torno de 25 mil toneladas. O restante da produção é consumido pelo mercado externo.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: Agência Brasil.
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.