O conceito de agricultura inteligente vem sendo discutido há algum tempo, devido à preocupação de muitos países em encontrar soluções para a conciliação entre os interesses agrícolas e a sustentabilidade. Na COP 17, 17ª Conferência de Partes sobre Mudanças Climáticas, que acontece até o dia 9 de dezembro em Durban, na África do Sul, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) pretende apresentar um panorama das “práticas agrícolas inteligentes”.
Duas reuniões, nesta semana, marcam a presença da FAO no evento. Na primeira, intitulada Dia do Conhecimento da Inteligência Climática, a instituição apresentará um relatório a respeito da não-dependência da agricultura em relação aos combustíveis fósseis, ou seja, como a pecuária e as áreas de floresta podem se adaptar para amenizar as mudanças climáticas.
Na segunda reunião, chamada de Diálogo com a Sociedade Civil, a FAO deve receber representantes civis para ouvir as sugestões deles a respeito de como a agência deve guiar os programas a partir de então. Segundo uma nota apresentada pela instituição “a constatação de um desenvolvimento rápido desse tipo de agricultura faz a organização pensar querer comprometer-se com decisores políticos para um diálogo construtivo e uma compreensão mútua do conceito”.
Durante a conferência, a FAO ainda deve discutir como eliminar e diminuir os gases de efeito estufa, a melhoria na gestão dos recursos naturais, a preservação agrícola, das florestas e dos recursos aquáticos, e o combate integrado de pragas e doenças. De acordo com a agência, “a agricultura pode tornar-se mais adaptada ao clima e ao mesmo tempo reduzir a vulnerabilidade dos agricultores à mudança climática, e reduzir a contribuição do setor para o aquecimento global”.
O especialista em gestão ambiental Marcelo Henrique Otenio, professor do curso Tratamento de Água e Esgoto na Propriedade Rural, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, acredita que para minimizar o impacto da agricultura sobre o ambiente, cada um deve fazer a sua parte, incluindo governos, órgãos especializados, produtores e a sociedade civil.
Por: Maria Clara Corsino.
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