A erva-mate é nativa do Brasil e consumida pelos índios desde antes da colonização. Ela se tornou popular entre os portugueses e se espalhou pelo país inteiro. Hoje, é uma das bebidas preferidas dos brasileiros, principalmente pela manhã, para tirar aquele sono matinal. O modo de consumo (quente, frio ou gelado) e o nome dado (tererê, chimarrão ou só chá mate mesmo) mudam de acordo com a região, o que não muda são os benefícios trazidos pela erva.
O grande consumo e a sensação de bem estar percebida pelos apreciadores da erva-mate despertaram o interesse de vários pesquisadores. Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta uma relação entre tomar chá mate e a interrupção do processo de envelhecimento celular. Na pesquisa, um grupo de camundongos foi acompanhado da juventude até se tornarem idosos saudáveis. Eles foram divididos em três grupos menores, sendo que durante dois meses, um recebeu chá mate natural, outro recebeu a versão diet e o terceiro recebeu apenas água.
A investigação mostrou que nos ratos que receberam apenas água, os genes do envelhecimento estavam bem mais ativos. Estes ratos morreram após nove meses de vida. Já os que ingeriram o chá mate, principalmente na versão diet, não só permaneceram com os genes inativos por muito mais tempo como também ficaram com a pele e a pelagem mais bonita. Os estudiosos afirmaram que os mesmos genes analisados nos animais existem nos seres humanos.
Não se sabe ainda qual é a substância presente no mate que é responsável por essa ação. No entanto, os pesquisadores da UFRJ a associam ao ácido clorogênico. Ele é o principal antioxidante presente na erva, mas além dele existem outros. Essa combinação de antioxidantes também pode prevenir o surgimento de alguns tipos de tumor, como acreditam professores e estudantes do curso de nutrição da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina.
Na pesquisa da Univali, 36 cobaias foram submetidas à ação de um elemento tóxico que age na multiplicação descontrolada de células cancerosas ligadas ao DNA. Parte dos camundongos foram tratados antes e depois com a erva-mate, enquanto outros só receberam o chá depois de doentes. Os resultados foram melhores para aqueles que ingeriram a bebida antes e depois, enquanto alguns animais deste grupo nem chegaram a desenvolver câncer. Os pesquisadores concluíram que a ingestão do mate inibe ou retarda o desenvolvimento potencial do câncer, sobretudo, quando ligado a condições genéticas.
Outro benefício detectado por outra pesquisa da Univali é a perda considerável de peso. Eles atestaram que o consumo do mate reduz gorduras rapidamente. Esta ação é atribuída à cafeína, encontrada em grande quantidade na erva, que tem propriedade lipolítica. Por esta mesma característica, ela ajuda a eliminar o colesterol e a diminuir os riscos de problemas cardíacos. Além disso, ela é capaz de dificultar a absorção de glicose, ajudando na prevenção da obesidade e do diabetes.
Por: Maria Clara Corsino.
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