10 passos para organizar o orçamento até o fim do ano

É preciso se planejar para saber o que fazer com o dinheiro.

No final do ano e no início do outro, sempre aparecem um monte de despesas que não fazem parte do orçamento de rotina dos outros meses. IPVA, compras de Natal, material escolar, IPTU, enfim, não dá para contar apenas com o décimo terceiro. Até porque muitas vezes ele é usado para quitar outras dívidas. Ou seja, o melhor é garantir que as contas estejam em dia, agora, caso contrário tudo pode piorar bastante depois da virada do ano.

O consultor contábil, Ricardo Buturi, dá dicas de como organizar suas finanças. Ele explica que muitas pessoas erram por não saberem organizar o tempo e não ter o hábito de acompanhar tudo que consomem, “dessa forma, nunca poderão alcançar objetivos ou construir um patrimônio”, acrescenta.

Elabore um planejamento: identifique todas as despesas em uma lista. Pode ser usado um modelo de fluxo de caixa, mas o ideal é fazer da maneira mais clara para si próprio. Divida tudo em despesas (saídas) e receitas (entradas).

Converse com a família: toda a família deve estar envolvida no projeto. Juntos vocês podem avaliar e cortar gastos, e assim chegar a um mesmo objetivo.

Reserve um valor para produtos mais caros ou desnecessários: o supérfluo só entra na renda familiar se sobrar algum dinheiro. Mas é claro que você não precisa se privar de tudo que gosta.

Fuja das propagandas exageradas: pense sempre se vale a pena comprar um produto e se ele realmente cabe em seu orçamento. Comprar algo que não vai usar é desperdício de dinheiro e tempo.

Economize dentro de casa: veja se todos os serviços usados em casa são úteis e bem aproveitados.

Evite usar o crédito: cartões de crédito, cheque especial e crédito pessoal possuem juros altíssimos. Por isso, se não conseguir pagá-los em dia, é melhor nem usar. No caso do último, os juros são sempre altos, mesmo que as prestações sejam pagas em dia. Assim, só use se realmente precisar e pensando bastante nisso.

Dívidas e financiamentos: atualmente é bem mais fácil comprar a prazo. Muitas pessoas pensam que se podem pagar o valor mensal de uma parcela é suficiente para adquirir um bem. No entanto, o consultor alerta que este tipo de compra pode comprometer bastante o orçamento familiar. Na maioria dos casos, o melhor é esperar e comprar à vista. O dinheiro das prestações pode ser acumulado em poupança e a compra pode ser feita quando atingir o valor do produto.

Investimentos: para fazer qualquer investimento é necessário reservar uma parte da renda. O que não significa comprometê-la. Para isso, é preciso cortar gastos, retirar todos os supérfluos e principalmente fazer um planejamento.

Trace objetivos: poupar ou investir em um fundo precisa ter uma finalidade. Além de ter uma reserva em caso de emergência, saber onde aplicar o dinheiro guardado é fundamental. Isso implica, novamente, um planejamento, pois não dá para estipular qualquer meta, pois voltamos àquilo que é supérfluo, desnecessário.

Adote uma estratégia: cada pessoa, dependendo de qual estágio da vida se encontra, precisa focar naquilo que deseja. Portanto, é importante traçar uma estratégia para se alcançar resultados. A estratégia pode ser feita de acordo com a necessidade de cada um, desse modo, é você quem deve escolher a sua. O mais importante é saber que ela vai determinar todo o seu futuro financeiro.

O economista Tancredo Almada, professor do curso Matemática Financeira, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que todas essas dicas se resumem em se planejar e nunca gastar mais do que ganha. “Muitas pessoas se endividam por não conhecerem seus gastos e não reservarem um tempo do dia para conhecê-los”, afirma.

Por: Maria Clara Corsino.